A cantora Daniela Mercury se viu no centro de uma polêmica após sua apresentação no evento Casacor Bahia 2024, realizado em Salvador no último sábado (14/9). Durante o show, a cantora arremessou um banco que estava no palco, gerando críticas da fabricante do objeto, a empresária Tati Mandelli, dona da Tidelli, empresa responsável pela peça.
Justificativa de Daniela Mercury
Mercury afirmou que tomou a atitude depois de pedir, sem sucesso, que o banco fosse retirado do palco, já que o objeto estava muito próximo ao seu microfone e prejudicava seu espaço para se apresentar.
Reação da fabricante
A empresária Tati Mandelli não poupou críticas à cantora e compartilhou um vídeo no Instagram em que lamenta o ocorrido, chamando Mercury de “lixo” e enfatizando que o banco era um lançamento da sua marca, Tidelli, no evento. Segundo Mandelli, a empresa emprega 700 pessoas na região metropolitana de Salvador e seus produtos são reconhecidos mundialmente. “Nem ela, nem ninguém pode jogar como se fosse lixo, porque lixo mesmo é essa cantora que não tem elegância nem respeito com as pessoas”, afirmou Mandelli.
Diante da crítica, Daniela Mercury usou o Instagram para se manifestar. Ela publicou o vídeo da cena para ilustrar um texto que chamou de “Carta aberta pro meu futuro amigo, o Banco”. Na mensagem, a cantora explicou que a atitude não foi pessoal e que o palco é seu “templo”, onde se expressa artisticamente. Mercury relatou que pediu repetidas vezes para que o objeto fosse removido, sem ser atendida.
Resposta com tom de empoderamento
Em sua carta, a cantora abordou a questão de gênero, afirmando que muitas vezes os pedidos de mulheres não são levados a sério: “Se fosse um artista homem, iam desdenhar dos meus pedidos repetidamente?”. Ela destacou que, quando mulheres se impõem, são vistas como “loucas”, e que, ao retirar o banco, se sentiu liberta.
Um símbolo de liberdade
Daniela Mercury finalizou a mensagem com um tom de empoderamento, afirmando que compraria o banco e o colocaria no centro de sua sala como um símbolo de sua liberdade. A cantora incentivou outras mulheres a fazerem o mesmo e não permitirem que ninguém diga o que podem ou não fazer: “Meninas, façam como eu, peguem seus banquinhos e atirem eles se for preciso, mas não deixem ninguém dizer o que você pode ou não pode fazer”. E concluiu: “Cada mulher que se impõe, nos liberta”.