Suposto filho de Nahim pede reconhecimento de paternidade

Um rapaz de 43 anos teria descoberto que foi adotado por outra família em meados de 2021

Divulgação/Record TV

Um suposto filho do cantor Nahim (1952-2024) abriu um processo judicial para solicitar o reconhecimento da paternidade. A existência do “herdeiro” surgiu logo após a disputa pelo espólio ganhar novos desdobramentos. As informações foram divulgadas na quinta-feira (22/8) pelo colunista Gabriel Perline

A ação judicial foi aberta por Franscico Felisone Liebana, que tenta comprovar que o músico era realmente seu pai, de modo a garantir a anulação de seu registro civil e ainda abocanhar parte dos bens. O homem de 43 anos afirmou que não possui contatos com a filha ou a ex-mulher de Nahim para citá-las diretamente no processo.

Apesar disso, Francisco relatou à Justiça catarinense que descobriu sobre a suposta paternidade em meados de 2021, quando sua irmã de criação, Andréia Felisone, informou que a mãe biológica do rapaz, de pseudônimo Cida, teria se envolvido com o artista. A matriarca ainda fez uma ligação no leito de morte revelando o tal segredo.

A notícia veio à tona enquanto Cida estava hospitalizada e pediu para que sua outra filha assistisse “A Fazenda”, questionando se Nahim não seria “a cara de Chiquinho”, como chamava o filho biológico que entregou para adoção. A mulher teria dito que não poderia morrer sem revelar a paternidade de Francisco.

No processo, a defesa de Francisco ainda esclareceu que a matriarca era uma mulher conhecida e influente na região onde morava, que era perto da residência do artista na época da gestação. Ao que tudo indica, a história do rapaz seria semelhante ao do possível filho de Gugu Liberato (1959-2019), envolvendo um romance com doméstica.

É filho ou não é?

O cantor supostamente teve um relacionamento com a funcionária, Cida, que cuidava de sua residência, e teria solicitado a adoção da criança logo após ter conhecimento sobre a gravidez. O rapaz nasceu em 26 de dezembro de 1980, no Hospital Pirajussara, no interior de São Paulo.

Depois de completar 19 anos, Andréia soltou “sem querer” que Francisco não seria filho biológico por conta das características físicas do rapaz, que eram muito diferentes dos demais familiares. Ele questionou sobre a informação, mas seus pais evitaram a informação.

A situação do suposto herdeiro é ainda mais complicada, pois ele foi alvo de adoção ilegal e registrado como filho biológico de outra família. “Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil” rende pena de reclusão de dois a seis anos, conforme apontou no processo.

Por conta das informações, Francisco Felisone solicita um teste genético das supostas irmãs, Noelle Tadeu Jorge Elias Leduc e de Maria Clara, além da inclusão do nome do genitor em sua certidão de nascimento. Caso o resultado seja inconclusivo, pleiteia-se a exumação do cadáver de Nahim para a coleta de materiais comprobatórios.