O Sated-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão) emitiu uma nota de repúdio contra a participação de Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, na novela “Família É Tudo”, da Globo. O sindicato argumenta que Gil, que é economista e ex-BBB, não possui o registro de ator necessário para atuar na produção, mesmo que seu papel seja interpretando a si mesmo.
Posição do sindicato
A Globo, ciente das possíveis repercussões com o sindicato, decidiu que Nogueira interpretaria a si mesmo na trama, evitando a necessidade de registro como ator. No entanto, Hugo Gross, presidente do Sated-RJ, ressaltou que, mesmo sendo uma participação especial, Gil deveria ter solicitado autorização para atuar. “Ele não é ator e deveria ter solicitado autorização para fazer qualquer participação ou até mesmo uma novela inteira, especialmente porque há uma direção envolvida”, afirmou em nota à imprensa.
Gross criticou duramente a decisão da Globo de escalar o ex-BBB, afirmando que a lei precisa ser respeitada. “Vamos realmente lutar com unhas e dentes para que a lei seja cumprida. Tenho plena convicção de que a alta direção da TV Globo desconhece esse fato. Eles pensam: ‘Vamos pegar essas pessoas, esse pequeno nicho que se acha poderoso, para dar ibope'”, acrescentou.
Controvérsia sobre a escalação
Críticas à direção da Globo
O presidente do Sated-RJ também direcionou críticas a José Luiz Villamarim, diretor de dramaturgia da Globo, acusando-o de explorar brechas legais para escalar personalidades sem registro profissional. Gross citou casos anteriores, como as participações de Anitta em “Amor de Mãe” (2019) e Jade Picon em “Travessia” (2023), para destacar o que considera um desrespeito à classe artística. “Essa nova direção, agora, não se importa. ‘Tem seguidores? Vamos colocar’. Mas o público que assiste a uma novela é completamente diferente do público que está no Instagram”, concluiu.
