Ratinho vai responder por incitação à homofobia na Justiça Federal

Apresentador enfrenta acusação devido a comentários sobre a Parada Gay feitos em seu programa no SBT

Divulgação/SBT

O apresentador Carlos Massa, o Ratinho, vai responder na Justiça Federal pela acusação de incitação à homofobia, decorrente de comentários feitos em seu programa no SBT há cerca de um ano. A 2ª Vara Criminal de Osasco (SP) determinou a transferência do caso para a Justiça Federal, após parecer favorável do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Comentários polêmicos sobre a Parada Gay

O episódio que originou a acusação ocorreu em 26 de junho de 2023, durante a transmissão de seu programa. Na ocasião, Ratinho criticou a realização da Parada Gay na Avenida Paulista, em São Paulo, sugerindo que o evento fosse deslocado para o sambódromo. “Deixa a Avenida Paulista para a família, para ir lá brincar com as crianças. Faz a Parada Gay lá no diabo do sambódromo. Lá pode, porque na minha opinião, a Parada Gay é um outro carnaval dos infernos. Parada gay é um carnaval dos viados e das sapatão, é minha opinião”, declarou o apresentador na época.

Depoimento e defesa

Em depoimento prestado em 22 de março de 2024, Ratinho afirmou que não teve a intenção de ofender ninguém e que estava apenas expressando sua opinião durante o programa. Ele também mencionou que sugeriu a mudança de local do evento por considerar que a Avenida Paulista, próxima a hospitais, não seria o local mais adequado para sua realização. O apresentador manifestou surpresa ao saber que teria que responder judicialmente por suas declarações.

Julgamento sem data definida

De acordo com a legislação, crimes de homofobia são equiparados ao racismo e, por isso, devem ser julgados por varas federais, com penas que variam de um a três anos de prisão. A denúncia ao Ministério Público foi feita pelo ativista Agripino Magalhães. Até o momento, não há previsão para a realização do julgamento.

Por meio de sua assessoria, Ratinho informou que não se pronuncia sobre casos em andamento na Justiça.