Tatiana Weston-Webb, que conquistou na noite de segunda (5/8) a medalha de prata no surfe feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, tem uma trajetória marcada pela paixão pelo mar desde a infância e por um papel inspirador, aos 14 anos, como dublê no filme “Soul Surfer – Coragem de Viver”, que narra a história de superação de uma surfista real.
Tatiana atuou como dublê da protagonista no filme de 2011, que narra a história de superação de Bethany Hamilton após perder um braço num ataque de tubarão e voltar à competir. “Meu ídolo é a Bethany Hamilton. Ela é muito inspiradora para mim, no surfe e na fé”, declarou Tati ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 2020.
Paixão pelo surfe desde criança
Nascida em Porto Alegre e criada no Havaí, Tatiana sempre foi incentivada pela mãe, Tanira Weston-Webb, uma ex-surfista bodyboarder. “Ela sempre acreditou em mim, sempre me apoiou”, revelou Tatiana em entrevista à RBS TV em 2020.
Por conta da influência materna, Tati já demonstrava sua determinação em conquistar medalhas ainda na infância, quando escreveu em um papel no seu quarto: “Eu vou ser a melhor surfista do mundo”.
Transição para representar o Brasil
Inicialmente competindo pelos Estados Unidos, onde cresceu, Tatiana decidiu, em 2016, passar a representar o Brasil em competições internacionais. “Era uma decisão que eu já tinha feito no meu coração”, contou Tati. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, ela foi eliminada nas oitavas de final pela japonesa Amuro Tsuzuki.
Mas nos Jogos Olímpicos de Paris, foi até a final, onde competiu contra Caroline Marks, dos Estados Unidos, nas águas de Taiti. Com uma nota final de 10.33, Tati garantiu a medalha de prata, enquanto Caroline conquistou o ouro com 10.50. Uma diferença muito pequena e que representa a primeira medalha do Brasil no surfe feminino em Olimpíadas.
Veja abaixo o trailer de “Soul Surfer”.