Gravadora faz acordo bilionário e compra acervo de Michael Jackson

A Sony Music investiu mais de R$ 3 milhões para obter o catálogo musical do artista e outros nomes relevantes

Divulgação/Epic Records

A gravadora Sony Music fechou um acordo de mais de R$ 3 bilhões para adquirir metade do catálogo musical de Michael Jackson (1958-2009). A aquisição bilionária está sendo considerada a maior compra de ativos de um único músico na história.

Segundo a Billboard, o acervo adquirido também inclui direitos de outros artistas renomados, como Jerry Lee Lewis (1935-2022), Jackie Wilson (1934-1984), Curtis Mayfield (1942-1999), Ray Charles (1930-2004), Percy Sledge (1940-2015), além de Dion e a banda norte-americana Sly & the Family Stone.

Em fevereiro, a revista estimou que o catálogo de Michael Jackson gera anualmente cerca de R$ 420 milhões, incluindo propriedade de gravações master, a parte do artista nas músicas, publicação Mijac e receita de mercadorias e royalties de shows teatrais apresentando a música do astro. Porém, as negociações da Sony não incluem royalties das produções teatrais.

No geral, o catálogo do artista possui um significado cultural superior ao financeiro, devido a relevância no mundo da música, principalmente pelo legado único de Michael Jackson, que continua sendo um dos maiores talentos e referências no mundo pop.

Ícone musical

A Billboard ainda descreve que, entre 2020 e 2023, as vendas e streams de Jackson cresceram de 1,07 milhão de unidades (álbuns) para 1,47 milhão, um aumento de 37% somente nos Estados Unidos. Em outros países, o consumo aumentou 38,3% para 6,5 bilhões de streams sob demanda somente no ano passado, ante 4,7 bilhões em 2021.

Vale destacar que Michael Jackson ganhará um filme biográfico, “Michael” (2025) que vem com a promessa de gerar ainda mais lucros patrimoniais para a família Jackson e outros detentores de direitos.

Negócios de sucesso

A gravadora CBS (adquirida posteriormente pela Sony) lançou todas as músicas gravadas por Michael Jackson em sua carreira solo, além das gravações de seus últimos anos no grupo musical The Jackson 5.

Ao longo dos anos, a Sony pagou mais de US$ 2 bilhões em alguns grandes negócios do artista, que vão além da distribuição de royalties por seus discos e músicas. Em 1991, a gravadora investiu US$ 100 milhões para adquirir a primeira metade da ATV Music, um catálogo que continha sucessos dos Beatles e foi comprado por Jackson em 1985.

Em 2016, a Sony colocou mais US$ 750 milhões pelos 50% restantes da operação e, dois anos depois, investiu US$ 287,5 milhões pelo espólio de Jackson no consórcio com a EMI Music Publishing, bem como dividendos pelos ativos, que totalizaram cerca de US$ 1,6 bilhão.