Filme sobre tragédias de Mariana e Brumadinho estreia em setembro nos cinemas

"Sociedade de Ferro" aborda o impacto da mineração e do rompimento das barragens

Divulgação/Globo Filmes

O filme “Sociedade de Ferro – A Estrutura das Coisas”, que retrata as tragédias ambientais de Mariana e Brumadinho, já tem data para estrear nos cinemas de São Paulo e Belo Horizonte. A obra dirigida por Eduardo Rajabally entrará em cartaz no próximo dia 5 de setembro.

O documentário aborda o impacto da mineração em Minas Gerais, onde as barragens de rejeitos de minério de ferro se romperam causando estragos devastadores pelas regiões. A trama traz como fio condutor o poema “A Máquina do Mundo” (1951), de Carlos Drummond de Andrade.

Além disso, a produção traz depoimentos de grandes pensadores, como o professor e escritor José Miguel Wisnik e a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que ajudam a desvendar a estreita relação entre as gigantes mineradoras e o poder público.

“Sociedade de Ferro” é produzido pela Pródigo Filmes em parceria com a Globo Filmes e a GloboNews.

Relembre os casos

A catástrofe em Mariana ocorreu em novembro de 2015, quando houve o rompimento da barragem do Fundão, na região central de Minas Gerais. A tragédia ambiental devastou o Rio Doce e atingiu cidades mineiras e capixabas. A lama contaminada por minério de ferro provocou escassez de água, diminuição da pesca, do comércio e do turismo.

Já a tragédia de Brumadinho ocorreu em janeiro de 2019 e é considerada o mais devastador desastre ambiental e humanitário da história do Brasil. Na época, a barragem do Córrego do Feijão se rompeu e liberou cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. As consequências foram catastróficas para a região mineira.

Além dos impactos ambientais intensos, centenas de pessoas morreram nas tragédias, muitas ficaram desaparecidas e milhares de famílias foram diretamente afetadas pela destruição. Em Brumadinho, a busca por vítimas foi uma operação extensa e dolorosa, envolvendo equipes de resgate de diversas partes do Brasil e do exterior. Até hoje, os pesquisadores buscam respostas para entender como a natureza poderá se restabelecer após a destruição causada.