O assistente de Matthew Perry, Kenneth Iwamasa, declarou-se culpado por envolvimento na morte do ator. Ele revelou às autoridades que o astro de “Friends” pediu uma “dose grande” de ketamina (também conhecida como cetamina) pouco antes de morrer. A informação faz parte de documentos judiciais obtidos pelo jornal americano The New York Times, nos quais o assistente detalha os últimos momentos de vida de Perry.
Doses repetidas e pedido final
No dia em que Matthew Perry foi encontrado morto, Iwamasa aplicou a primeira injeção de ketamina por volta das 8h30. Quatro horas depois, uma segunda dose foi administrada a pedido do ator. Menos de uma hora após a segunda aplicação, Perry solicitou uma terceira dose, pedindo especificamente: “Me aplique uma dose grande”. Iwamasa obedeceu e preparou a banheira de hidromassagem, como solicitado por Perry. Quando o assistente retornou à casa após resolver algumas tarefas, encontrou o ator já sem vida, submerso na água.
Histórico de uso intenso
De acordo com os documentos, nos dias que antecederam a morte de Perry, Iwamasa injetou ketamina no ator de seis a oito vezes por dia. O assistente relatou ter encontrado Perry inconsciente pelo menos duas vezes, uma delas após uma dose particularmente elevada, quando o ator perdeu temporariamente a capacidade de falar e se mover.
Busca por fontes ilegais
Matthew Perry, que vinha tentando aumentar sua dosagem de ketamina sem sucesso em uma clínica local, recorreu a fontes ilegais para obter a droga. Iwamasa declarou que o ator pagou cerca de US$ 55 mil (aproximadamente R$ 300 mil) em um mês a um médico que fornecia a droga ilegalmente.
Além de Iwamasa, outras quatro pessoas foram indiciadas na última quinta-feira (15/8), incluindo dois médicos, uma mulher acusada de tráfico de drogas e um produtor de Hollywood que intermediava as transações.
Matthew Perry foi encontrado morto na banheira de hidromassagem de sua casa em Pacific Palisades, em outubro de 2023. O laudo pericial confirmou que o ator se afogou após sofrer uma overdose, causada pelo consumo excessivo de cetamina.