A youtuber e influenciadora Antonia Fontenelle foi condenada a três anos e três meses de prisão em regime semiaberto pela exposição indevida da gravidez da atriz Klara Castanho. A decisão foi revelada pelo colunista Daniel Nascimento, do jornal O Dia.
Condenações também incluem Adriana Kappaz
A influenciadora Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz, também foi sentenciada no mesmo processo, recebendo uma pena menor de um ano e seis meses em regime aberto. Adriana deverá prestar serviços à comunidade e pagar uma multa de dez salários-mínimos à atriz Klara Castanho.
Ficha pregressa agravou pena de Antonia Fontenelle
A condenação está relacionada aos crimes de calúnia, difamação e injúria cometidos por ambas as influenciadoras. No documento, o juiz destacou que Adriana Kappaz teve a pena privativa de liberdade substituída por duas restritivas de direitos, enquanto Antonia Fontenelle, que já havia sido condenada a indenizar Klara Castanho em R$ 50 mil, não teve o mesmo benefício devido ao histórico de “anotações criminais por delitos contra a honra”.
A empresária perdeu a condição de ré primária em outubro de 2023, após perder uma ação contra o influenciador Felipe Neto. Além disso, acumula outras nove anotações por delitos contra a honra.
Entenda o caso
Em setembro de 2022, Klara Castanho entrou com uma queixa-crime contra Antonia Fontenelle, Leo Dias e Adriana Kappaz, acusando-os de calúnia, difamação e injúria. As acusações se baseiam na exposição da atriz em notícias publicadas na internet. Klara foi obrigada a vir à publico revelar o que realmente aconteceu após as publicações das fofocas de teor pejorativo.
Em junho do ano passado, ela publicou o que chamou de “o relato mais difícil da minha vida”, revelando que sofreu um estupro, engravidou e entregou o bebê para adoção.
A defesa da atriz alegou que o Leo Dias injuriou a artista ao inferir “que Klara Castanho seria uma atriz ‘que vende uma imagem que todo mundo acha que é santinha’, mas o que ela fez é de ‘perder a fé na humanidade'”.
Fontenella foi ainda pior. “Ela não quis olhar para o rosto da criança”, afirmou a influencer bolsonarista no YouTube, classificando a história como “monstruosa” e crime. “Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar para o acaso é crime, sim, só acha bonitinho essa história de adoção quem nunca foi em um abrigo, ademais quando se trata de uma criança negra. O nome disso é abandono de incapaz”, declarou.
Dri Paz seguiu na mesma linha, publicando na rede social Kwai um vídeo “imputando” o crime de abandono de incapaz a atriz. Ela teria afirmado que a jovem pagou para “sumirem com a criança”.
Klara seguiu todos os trâmites e agiu de acordo com a lei para doar o filho fruto de estupro, e jamais pretendeu que o caso viesse à público.