Angelina Jolie é aplaudida por 8 minutos no Festival de Veneza e vira aposta para o Oscar

A atriz encantou o público e a crítica por sua atuação como Maria Callas no drama "Maria", dirigido por Pablo Larraín

Divulgação/FilmNation

Angelina Jolie conquistou o público e a crítica do Festival de Veneza com sua interpretação da icônica soprano Maria Callas no filme “Maria”, dirigido por Pablo Larraín (“Jackie”). A estreia mundial do filme foi marcada por uma ovação de oito minutos, que levou a atriz às lágrimas.

Preparo intenso e conexão pessoal

Em uma coletiva de imprensa realizada antes da exibição do filme, Jolie revelou ter se preparado intensamente para o papel durante sete meses, treinando com cantores de ópera e coaches para captar a postura, respiração e movimentos de uma cantora do calibre de Callas. “Mergulhar na ópera foi uma terapia que eu não sabia que precisava”, disse a atriz. Ela destacou a conexão emocional que sentiu com a personagem, afirmando que a maior dificuldade não foi técnica, mas sim emocional: “O desafio foi encontrar minha voz, estar no meu corpo e expressar. Você tem que dar cada parte de si.”

Enredo e críticas

Baseado em eventos reais, “Maria” é um retrato psicológico da famosa cantora de ópera em seus últimos dias na Paris dos anos 1970. O roteiro é assinado por Steven Knight (“Peaky Blinders”), e o elenco conta ainda com Pierfrancesco Favino (“Suburra”), Alba Rohrwacher (“Filhos da Noite”), Haluk Bilginer (“Inverno de Sangue em Veneza”), Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”) e Valeria Golino (“Rain Man”).

Críticos têm elogiado a atuação de Jolie, embora alguns apontem que o filme em si não tenha o mesmo impacto. Stephanie Bunbury, do Deadline, descreveu a atriz como “uma combinação quase mágica com a verdadeira diva”. No entanto, a crítica também destacou que o filme carece da “tensão” encontrada em outros trabalhos de Larraín. O Financial Times e The Telegraph elogiaram o compromisso de Jolie com o papel, mas questionaram a profundidade emocional do filme. Já o The Guardian destacou que Jolie “é uma pintura a ser observada”, elogiando a opulência do drama.