Viúva de Guilherme de Pádua é investigada por formação de quadrilha e estelionato

A estilista teria entrado no esquema após cair num golpe financeiro aplicado por criminosos

Instagram/Juliana de Pádua Lacerda

Juliana de Pádua Lacerda, a viúva de Guilherme de Pádua (1969-2022), assassino de Daniela Perez, estaria sendo investigada por formação de quadrilha e estelionato. Segundo o portal Leo Dias, a estilista teria entrado no esquema após cair em golpe financeiro aplicado pelo grupo criminoso, que saiu de Recife (PE) e foi cobrá-la em Belo Horizonte (MG).

Na ocasião, Juliana transferiu via pix a quantia de R$ 40 mil, como investimento numa empresa que posteriormente descobriu ser fantasma. Para honrar com o combinado, ela deu um carro como pagamento, mas continuou em dívida com os golpistas. Endividada, acabou se aliando ao esquema criminoso, bloqueou todos os familiares e acabou fichada na polícia mineira com uma série de golpes praticados em seu nome.

Vítimas do crime

No caso mais recente, a estilista aparece num boletim de ocorrência registrado por uma idosa em fevereiro, no município de Pedro Leopoldo (MG), que diz ter perdido cerca de R$ 22 mil entre transferências, empréstimos bancários e vendas para o grupo criminoso, que a iludiu com promessas de fazer fortuna com o valor em questão.

Outro boletim foi registrado no mesmo município por um dono de estabelecimento de açaí, que diz que Juliana teria se passado por um homem num aplicativo de entregas. Ela solicitou um pedido de mais de R$ 100, mas não efetuou o pagamento. Nos autos, consta que ela inventou desculpas durante alguns dias até desaparecer.

Juliana também teria aplicado golpes numa vendedora de móveis usados, deixando um prejuízo financeiro considerável e causando danos aos clientes do estabelecimento. Segundo as informações, uma residência deixada pelo assassino da atriz Daniella Perez (1970-1992) estaria sendo utilizada nos esquemas comandados pelo grupo.

Desde outubro, a quadrilha esteve envolvida em centenas de golpes em diversos locais do país, mas o município de Pedro Leopoldo (MG) foi o mais afetado pelos criminosos. Em apenas um CNPJ, a Polícia identificou mais de 200 boletins de ocorrência.