Desde o lançamento de “The Acolyte” na Disney+, a série tem gerado reações extremas nas redes sociais. A produção, que está no seu sexto episódio, enfrenta um intenso “review bombing” (ataques em massa em plataformas de críticas de usuários), destacando o “lado negro” da Força no fandom de “Star Wars”. A série estreou com uma aprovação de 92% no Rotten Tomatoes entre os críticos, mas a resposta dos “fãs” tem sido bem diferente, com uma pontuação de apenas 14% no mesmo Rotten Tomatoes e uma nota de 3,4 no IMDb.
Críticas sobre diversidade
A Forbes destacou que “The Acolyte” se tornou “o produto com a menor pontuação de usuários na história de 50 anos de ‘Star Wars'”. E este fenômeno de review bombing é amplamente atribuído às críticas coordenadas por aqueles que se opõem à diversidade apresentada na série.
A controvérsia em torno de “The Acolyte” gira em torno do elenco liderado por uma atriz negra e LGBTQ+, Amandla Stenberg, além de incluir outros integrantes da comunidade, como Abigail Thorn e Charlie Barnett. Muitos fãs expressaram descontentamento com a inclusão de personagens LGBTQ+, gerando um ódio desproporcional. Leslye Headland, showrunner da série, respondeu firmemente: “Eu não considero fãs aqueles que recorrem ao fanatismo, racismo e discursos de ódio”.
Histórico de ataques no fandom
Infelizmente, essa não é a primeira vez que uma produção de “Star Wars” enfrenta ataques semelhantes. Ahmed Best, que interpretou Jar Jar Binks, e Kelly Marie Tran, que viveu Rose nas sequências, também foram alvos de ataques racistas e misóginos. Esses incidentes destacam um padrão preocupante de comportamento tóxico dentro de uma parte considerável do fandom de “Star Wars” – algo que é rechaçado com vigor no famdom de “Star Trek”, por exemplo, que ensaiou algo semelhante e foi prontamente enquadrado por fãs mais antigos da franquia.
Resposta do elenco
Amandla Stenberg, que interpreta as irmãs gêmeas Osha e May, minimizou as críticas de que a série seria excessivamente “woke” (ou politicamente correta, como dizem no Brasil). Em entrevista à revista GQ britânica, ela afirmou: “Há uma vasta gama de fãs de ‘Star Wars’. Há um tipo específico de fã que é muito vocal na internet. Eles chamam nosso show de ‘The Woke-alyte’, o que eu acho meio engraçado”. Stenberg destacou a irracionalidade das críticas e afirmou que, embora o preconceito a afete em algum nível, ela trabalha para se proteger dessas negatividades.
Controvérsias e absurdos
Algumas críticas a “The Acolyte” foram consideradas absurdas, como a indignação com uma cena em que uma personagem corta o cabelo com um sabre de luz, um detalhe comum em histórias de samurais e cavaleiros que simboliza um novo começo. Outras críticas incluem a habilidade dos Padawans em duelos de sabre de luz e a incapacidade dos Jedi de detectar um Sith antes de sua revelação, ambos elementos comuns na saga de “Star Wars”. Tudo num esforço para referendar críticas à série que não agrada racistas, homofóbicos e misóginos.
Embora “The Acolyte” enfrente um backlash significativo de uma parte do fandom, a série continua a receber elogios da crítica por sua abordagem inovadora e por sua inclusão de diversidade. A resposta positiva da mídia destaca o potencial da série em trazer novas narrativas, mas também revela os desafios enfrentados pela franquia ao tentar inovar e incluir mais diversidade em suas histórias.