Netflix cancela plano básico nos EUA e aposta em assinaturas com anúncios

Usuários têm até 13 de julho para escolher novo plano ou perder acesso ao serviço

Unsplash/Dima Solomin

A Netflix está encerrando seu plano básico sem anúncios nos Estados Unidos, conforme notificações enviadas aos usuários americanos. Assinantes desse pacote terão até 13 de julho para escolher uma nova opção de assinatura ou perder totalmente o acesso à plataforma.

Opções de planos

Os usuários podem optar pelo plano com anúncios (resolução de 1080p) por US$ 6,99 ao mês, o plano padrão (resolução de 1080 pixels e sem publicidade) por US$ 15,49 ao mês, ou o plano premium (resolução de 4K) por US$ 22,99 mensais.

A decisão de encerrar o plano básico sem publicidade começou na América do Norte e deve se estender ao resto do mundo. No Brasil, a Netflix já não oferece essa opção para novos assinantes, mas os que ainda possuem esse plano podem mantê-lo por R$ 30,90 ao mês, com resolução de 720 pixels. É mais caro que o plano com anúncios e com resolução pior.

Atualmente, as opções para os novos usuários brasileiros são o plano padrão com anúncios por R$ 20,90 ao mês, o plano padrão por R$ 44,90, e o plano premium por R$ 59,90 mensais. A principal diferença entre os planos está na qualidade da imagem, áudio, possibilidade de downloads e na quantidade de usuários por conta, sem alteração no catálogo de filmes e séries.

Globalmente, a Netflix possui mais de 260 milhões de assinantes, sendo 46 milhões na América Latina e México.

Contexto e mudanças

Foco no plano com anúncios

O foco em planos com anúncios é uma mudança significativa para a Netflix, que, em um relatório para investidores, destacou que esta opção já representa cerca de 40% das assinaturas.

Ironicamente, a empresa sempre se posicionou contra a publicidade em suas assinaturas, um mantra reforçado pelo fundador Reed Hastings. No entanto, em 2022, após uma queda trimestral recorde no número de novos assinantes, a Netflix mudou de estratégia. A queda foi causada pelo cenário pós-pandemia e pela alta global dos juros, que forçaram empresas de tecnologia a buscar maior eficiência e lucratividade.

A Netflix realizou diversos ajustes, incluindo demissões, criação da “taxa do ponto extra” e a introdução de planos com anúncios. Essas medidas se mostraram acertadas e inspiraram empresas concorrentes como Amazon, Warner e Disney a adotarem soluções semelhantes para seus serviços de streaming.