Nego Di foi preso pela Polícia Civil neste domingo (14/7), em Santa Catarina. A Justiça decretou a prisão pelo crime de estelionato, solicitada pela Polícia Civil gaúcha. Ele é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual. A investigação apontou que os produtos nunca foram entregues, e a movimentação financeira teria ultrapassado R$ 5 milhões em 2022.
Ele será levado ao Rio Grande do Sul, onde a Justiça gaúcha decidirá se seguirá preso, informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
A prisão do ex-BBB aconteceu no bairro Jurerê Internacional, área nobre de Florianópolis, durante esta manhã. Na sexta (12/7), Nego Di já havia sido alvo de uma outra operação, desta vez do Ministério Público, por suspeita de lavagem de dinheiro.
Rifas ilegais
Nego Di e sua esposa, Gabriela Sousa, também são investigados por outro crime. O Ministério Público do Rio Grande do Sul apura a suspeita de lavagem de R$ 2 milhões após a divulgação de rifas virtuais. Segundo o MP, a lavagem de dinheiro decorria da promoção de rifas ilegais com premiações em dinheiro e bens de alto valor que não teriam sido entregues aos vencedores.
Desde que saiu do “Big Brother Brasil” em 2021, Nego Di começou a promover sorteios em suas redes sociais. Como chamariz, ele anunciava que “quem comprasse mais números” ganharia o prêmio. O MP do Rio Grande do Sul afirmou que o influenciador usava contas da esposa, de parentes e de empresas em nome do casal para receber o dinheiro das rifas. Um dos sorteios destacados pelo MP foi o de um Porsche, anunciado como “por apenas 99 centavos”.
Pela legislação brasileira, a venda de rifas é ilegal, a não ser que promovida por entidades beneficentes autorizadas pelo Ministério da Fazenda.
Confisco e prisão da esposa
Os sorteios eram feitos sem controle e transparência e o MP descobriu que, com os valores arrecadados, o casal comprou dois carros avaliados em R$ 630 mil, que foram confiscados na sexta.
Durante a operação policial também foram encontradas munição e uma arma de uso restrito das Forças Armadas (sem registro). Por conta disso, a esposa de Nego Di foi presa em flagrante por porte ilegal.
Defesa alega inocência
A defesa de Nego Di e Gabriela Sousa se manifestou em nota: “A defesa esclarece que ainda não teve acesso ao inquérito conduzido pelo Ministério Público. No entanto, reiteramos que todos os detalhes da situação e a inocência serão devidamente esclarecidas e comprovadas dentro do processo. Ressaltamos também a importância de evitar especulações e a divulgação de informações referentes a processos que tramitam sob sigilo, a fim de preservar a integridade das investigações e dos envolvidos. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que possam ser prestados dentro dos limites legais”.