SÉRIES
PEDAÇO DE MIM | NETFLIX
A mininovela, que a Netflix chama de “série de melodrama”, é estrelada por Juliana Paes (“Pantanal”) como a personagem Liana. Após descobrir que seu marido Tomás (Vladimir Brichta, de “Renascer”) a traiu com uma amiga da família, ela o expulsa de casa e decide espairecer em uma balada, onde acaba sendo drogada e estuprada por um antigo conhecido, interpretado por Felipe Abib (“Verônica”). Esse evento resulta em uma gravidez rara de gêmeos, cada um de um pai diferente, devido a uma superfecundação heteroparental.
Após o estupro, o abusador começa a perseguir Liana, aparecendo em seu trabalho e sua casa. E como desgraça pouca não rende novela, enquanto lida com a gravidez e o assédio do abusador, Liana descobre que seu ex-marido sofreu um acidente de carro. Ela decide reatar o casamento por causa do sonho de terem um filho juntos, mas Tomás não aceita bem a situação ao descobrir a verdade sobre a gravidez.
Escrita por Angela Chaves, conhecida por “Os Dias Eram Assim” e o remake de “Éramos Seis”, a atração vai experimentar o formato de 17 episódios para uma trama – e uma dramaturgia – típica de novela, eliminando as histórias paralelas e núcleos secundários. A produção é da A Fábrica, com direção artística de Maurício Farias (“Verônica”) e roteiro assinado por Angela Chaves (“Éramos Seis”). O elenco também conta com Paloma Duarte (“Pecado Mortal”), João Vitti (“Despedida de Solteiro”), Jussara Freire (“Éramos Seis”), Martha Nowill (“Entre Nós”) e Antonio Grassi (“Chamas da Vida”).
O RASTREADOR | DISNEY+
Em sua nova série, Justin Hartley, o Kevin de “This Is Us”, vive Colter Shaw, um sujeito solitário que percorre o país como um caçador de recompensas, usando suas habilidades de rastreamento para ajudar cidadãos e policiais a encontrar pessoas desaparecidas e resolver outros mistérios, enquanto luta contra seus próprios problemas familiares.
Feita para a TV aberta americana, a produção segue o padrão procedimental de uma aventura completa por episódio. O elenco ainda conta com Robin Weigert (“Big Little Lies”), Abby McEnany (“Work in Progress”), Eric Graise (“Ela Dança, Eu Danço”) e Fiona Rene (“Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado”).
A atração é inspirada no livro “The Never Game”, de Jeffery Deaver, e foi desenvolvida por Ben Winters (“Legião”), que também assina como produtor executivo ao lado de Ken Olin (também de “This Is Us”), diretor do episódio piloto.
CISNE VERMELHO | DISNEY+
A produção sul-coreana segue Oh Wan Soo (interpretada por Kim Ha Neul, de “18 Outra Vez”), uma ex-golfista que sonhava com uma vida perfeita na alta sociedade e que se casou com o herdeiro do prestigioso Grupo Hwain. Mas apesar de parecer o casal perfeito, seu relacionamento está longe de ser idílico. Como herdeiro de um dos principais conglomerados da Coreia, Yongkook tem sido infiel há anos. Mesmo assim, ela insiste no casamento e aproveita o status social ao se tornar presidente de uma fundação do Grupo Hwain, ganhando reconhecimento mundial por seu trabalho beneficente.
Entretanto, o melodrama sofre uma guinada de ação quando Wan Soo se torna alvo de uma tentativa de assassinato. Ela é salva por Seo Do Yoon (interpretado por Rain, de “Ninja Assassino”), seu guarda-costas especializado em artes marciais, que se torna a única pessoa em quem ela pode confiar. Juntos, eles descobrem segredos obscuros do Grupo Hwain e a razão de Wan Soo ter sido marcada para morrer. A proximidade também gera faíscas românticas. Mas Don Yoo, um ex-policial, também tem seus próprios segredos e um motivo para investigar a corporação.
A série foi criada por Choi Yoon-jung, conhecida por séries românticas como “Second to Last Love”, “Only Love” e “Emergency Couple”.
O HOMEM COM MIL FILHOS | NETFLIX
A minissérie documental revela a história bizarra do holandês Jonathan Jacob Meijer, um doador de esperma serial que é acusado de ser pai de centenas, ou talvez milhares, de crianças ao redor do mundo. Com três episódios, a narrativa segue o padrão das histórias de “true crime”, com cada episódio revelando mais um nível da operação internacional de Meijer. Mas seu foco está nas mulheres que ele enganou, na aliança que elas forjaram contra ele e nas famílias forçadas a viver com as consequências de suas ações.
Os capítulos exploram as implicações éticas, legais e emocionais da doação de esperma em massa. Em 2017, uma decisão judicial na Holanda proibiu Meijer de continuar doando esperma devido ao grande número de filhos concebidos, visando evitar possíveis casos de incesto e questões de identidade. Àquela altura, ele já tinha 100 filhos. Mas, em vez de impedi-lo, a sentença o impulsionou a doar seu esperma para outros países.
A produtora executiva Natalie Hill chegou à história em 2020. Tendo se conectado com um grupo de mães “resilientes, fortes e apaixonadas” que conceberam com seu esperma, Hill passou os dois anos desenvolvendo a confiança do grupo antes de trazer o diretor Josh Allott à bordo. Mesmo assim, algumas mães decidiram não aparecer diante das câmeras, enquanto outras receberam pseudônimos. Mas toparam o projeto para deter Meijer, que se recusou a ser entrevistado para o documentário e não respondeu às alegações.
FILMES
UM TIRA DA PESADA 4: AXEL FOLEY | NETFLIX
A continuação da franquia clássica se passa 30 anos após o terceiro filme. Os três primeiros títulos foram lançados em 1984, 1987 e 1994, respectivamente, e faturaram um total de US$ 735,5 milhões em todo o mundo. Todos eles mostraram o policial de Detroit Axel Foley viajando a Los Angeles para resolver casos interestaduais. Desta vez, Foley volta à Bevery Hills para investigar um assassinato, mas se envolve numa trama de conspiração e corrupção na polícia local. Se bem que o enredo é só desculpa para um exercício de nostalgia e reencontros.
Além de Eddie Murphy, quatro atores dos filmes originais também estão no novo longa: Judge Reinhold e John Ashton, que viveram os detetives Billy Rosewood e o Sargento Taggart, ajudantes atrapalhados de Foley em Los Angeles; Paul Reiser, o parceiro original de Foley em Detroit, chamado Jeffrey Friedman; e Bronson Pinchot, que viveu Serge, um funcionário atrevido de galeria de arte. Eles se juntam a novos personagens interpretados por Joseph Gordon-Levitt (“Os 7 de Chicago”) e Kevin Bacon (“Guardiões da Galáxia: Especial de Festas”), intérpretes de policiais, e Taylour Paige (“Zola”) como a filha do protagonista.
A continuação foi escrita por Will Beall (“Aquaman”) e tem direção de Mark Molloy, que assina seu primeiro longa-metragem após ganhar vários prêmios por seu trabalho em publicidade. Já a produção continua a cargo de Jerry Bruckheimer, responsável pela trilogia original.
GODZILLA E KONG: O NOVO IMPÉRIO | MAX
Os ex-inimigos viraram aliados na continuação catastrófica de “Godzilla vs. Kong” (2021), com Godzilla ajudando Kong a enfrentar uma nova ameaça, que está dizimando seu reino subterrâneo. Com a trama espalhando monstros gigantes por vários cartões postais internacionais, a ameaça chega até à praias do Rio de Janeiro.
O enredo revela que Kong não é o último de sua espécie. Uma tribo inteira de macacos gigantes sobrevive no mundo subterrâneo descoberto no filme anterior, com direito até a um “mini-Kong”. Entretanto, um macaco ainda maior e mais poderoso está exterminando os demais para se estabelecer como o King da raça dos Kongs. E Kong não é forte o suficiente para detê-lo, o que serve de deixa para a entrada de Godzilla na história. Repararam que nada nessa premissa envolve personagens humanos? Pois é, eles servem basicamente para narrar o que está acontecendo e fabricar uma espécie de luva metálica para Kong. A história foi feita mesmo só para mostrar criaturas gigantes brigando e destruindo infraestruturas – como action figures nas mãos de crianças com grande orçamento.
A produção conta novamente com direção de Adam Wingard, que comandou “Godzilla vs. Kong”, e traz um punhado de atores para competir com o destaque dos efeitos visuais, incluindo Dan Stevens (“Legion”) como novo protagonista humano, além de Fala Chen (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) e os retornos de Brian Tyree Henry, Rebecca Hall e a menina Kaylee Hottle, vistos no longa anterior – que faturou US$ 468 milhões nas bilheterias mundiais, mesmo sendo lançado simultaneamente em streaming nos EUA.
O IMAGINÁRIO | NETFLIX
O anime sensível acompanha Rudger, amigo imaginário de uma menina chamada Amanda, com quem ele explora aventuras de faz de conta. Enquanto a mãe de Amanda se preocupe com a amizade da filha com um menino inexistente, Rudger também tem suas próprias preocupações, que se intensificam ao descobrir que existem outros amigos imaginários, na verdade uma cidade inteira deles, e que todos foram esquecidos por crianças que cresceram. Relutando em aceitar que será esquecido por Amanda, ele passa a enfrentar uma ameaça misteriosa que atormenta a todos os imaginários.
Embora a trama evoque temas do filme recente “Amigos Imaginários” (2024), ela é baseada no livro homônimo de A.F. Harrold, lançado em 2014, e possuiu um tom dramático que não existe na comédia estrelada por Ryan Reynolds.
“O Imaginário” é o primeiro longa-metragem do Studio Ponoc desde “Mary e a Flor da Feiticeira” (2017). O roteiro e a produção são de Yoshiaki Nishimura, indicado ao Oscar por “O Conto da Princesa Kaguya” (2013) e “As Memórias de Marnie” (2014), e a direção é assinada por Yoshiyuki Momose, animador veterano que trabalhou em vários clássicos do estúdio Ghibli, como “O Túmulo dos Vagalumes” (1988), “Princesa Mononoke” (1997) e o vencedor do Oscar “A Viagem de Chihiro” (2001).
PATOS! | PRIME VIDEO
Como indica o título nacional, a nova animação da Illumination (criadora dos Minions) segue uma família de patos, os Mallard, que vivem em um lago na Nova Inglaterra, EUA. O cauteloso pai da família, Mack Mallard, prefere permanecer nas margens seguras de seu lago, mas sua esposa aventureira Pam e seus filhos, Dax e Gwen, anseiam por explorar o mundo. Eventualmente, a família decide embarcar em uma migração de inverno para a Jamaica, dando início a uma série de aventuras e descobertas.
Embora siga uma fórmula convencional, o longa se destaca pelo seu estilo visual inovador. As paisagens vistas do ar e a paleta de cores mais suaves criam uma atmosfera única, com um efeito quase aquarelado. Essa abordagem é um reflexo das preferências do diretor francês Benjamin Renner, conhecido por filmes animados encantadores e pessoais como “Ernest & Celestine” (2012) e “A Raposa Má” (2017). A narrativa também é enriquecida pelo roteiro de Mike White (criador de “The White Lotus”), que faz a jornada dos Mallards ser pontuada por momentos de humor sofisticado o suficiente para entreter os adultos, enquanto mantém a história acessível e divertida para o público mais jovem.
O elenco de dubladores originais inclui Kumail Nanjiani (“Eternos”) e Elizabeth Banks (“As Panteras”) como os pais, e Caspar Jennings (“O Solado que Não Existiu”) e a estreante Tresi Gazal como seus filhos. Além disso, Awkwafina (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) empresta sua voz áspera a uma pomba durona de Nova York, enquanto Danny DeVito (“Mansão Mal-Assombrada”) e Keegan-Michael (“Shmigadoon!”) vivem o Tio Dan e um papagaio jamaicano.
UMA ASTRONAUTA QUASE PERFEITA | PRIME VIDEO
A comédia ao estilo “Totalmente Loira” traz Emma Roberts (“American Horror Story”) como Tiffany “Rex” Simpson, uma jovem da Flórida que desde criança sonhou em ir ao espaço. Entretanto, sua vida foi numa direção muito diferente. Acreditando que nunca é tarde para tentar, ela faz uma inscrição num competitivo programa de treinamento de astronautas da NASA. E graças à ajuda de sua amiga Nadine (Poppy Liu, de “Hacks”), que altera e inventa tudo em seu currículo, ela é aceita. O problema é que todos os demais candidatos são mais bem-preparados que ela, uma garçonete profissional, especialmente na hora de voar jatos, o que ela nunca fez na vida, apesar do que a amiga escreveu em sua ficha.
Dirigido e escrito por Liz W. Garcia (“A Salva-Vidas”), a produção ainda inclui Tom Hopper (“The Umbrella Academy”), Gabrielle Union (“L.A.’s Finest”), Kuhoo Verma (“Plano B”), Desi Lydic (“The Daily Show”), Sebastián Yatra (“Encanto”) e Yasha Jackson (“The Flight Attendant”) em seu elenco.
MENINAS MALVADAS | PARAMOUNT+
O remake da comédia clássica conta a mesma história de 20 anos atrás, agora acompanhada por músicas da Broadway, atualizada para um mundo em que smartphones e redes sociais dominam o universo adolescente. De resto, os elementos essenciais de 2004, como tribos, dramas escolares e a batalha sociológica do ensino médio, seguem iguais. Angourie Rice (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”) tem o papel de Cady, uma jovem recém-chegada numa nova escola, onde se depara com uma profusão de grupinhos distintos e o domínio das Plásticas, as meninas mais invejadas, comandadas pela cruel Regina George – agora vivida por Reneé Rapp (“A Vida Sexual das Universitárias”). A líder das populares do colégio segue paparicada por suas amigas Gretchen (Bebe Wood, de “Com Amor, Victor”) e Karen (Avantika, de “De Volta ao Baile”), mandando em tudo e em todos.
Sentindo-se isolada, a novata é acolhida por Janis (Auli’i Cravalho, de “Crush”), a garota alternativa do colégio, e o gay Damian (o cantor Jaquel Spivey), que a convencem a se infiltrar no grupo das Plásticas para saber todos os podres que elas escondem. Só que, em meio a sua transformação numa falsa Plástica, Cady se apaixona pelo gato da classe, Aaron Samuels (Christopher Briney, de “O Verão que Mudou Minha vida”), e logo passa a agir como uma verdadeira Plástica.
O remake tem roteiro de Tina Fey, que escreveu o filme de 2004 e também volta a aparecer no elenco como uma das professoras da turma. Além dela, o ator Tim Meadows (“O Halloween de Hubie”) reprisa o papel do diretor da escola. Entre os “adultos”, as novidades ainda incluem participações de Jon Hamm (“Mad Men”) como professor de educação física, Busy Philipps (“As Branquelas”) como mãe de Regina George e Jenna Fischer (“The Office”) como a mãe de Cady. A direção é dos novatos Arturo Perez e Samantha Jayne (ambos da série “Quarter Life Poetry”).
