Cássia Kis não faz mais parte do elenco fixo da Globo. A atriz de 66 anos, que estava na emissora há 34 anos, não teve seu contrato renovado devido à nova política da emissora, que visa reduzir custos e trabalhar com artistas por obra certa. A informação foi antecipada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Trajetória na Globo
A atriz estreou na emissora em “Cara a Cara” (1979) e, desde então, só se afastou para uma breve passagem pela Manchete, onde interpretou Maria Marruá na primeira versão de “Pantanal” (1990). Ela retornou à Globo no mesmo ano para protagonizar “Barriga de Aluguel” (1990).
Ao longo de sua carreira, Cássia acumulou elogios e prêmios por suas atuações em novelas e séries, destacando-se em papéis de antagonistas como Adma Guerreiro em “Porto dos Milagres” (2001) e Melissa em “Amor Eterno Amor” (2012).
Sua última aparição na Globo foi como a executiva Cidália Bastos em “Travessia” (2022), novela de Gloria Perez.
Controvérsias e posições políticas
Nos últimos anos, a atriz ficou mais conhecida por polêmicas do que por seu trabalho artístico, graças a suas posições políticas conservadoras. Cássia foi uma das principais apoiadoras de Jair Bolsonaro dentro da classe artística e participou de manifestações antidemocráticas, questionando a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
A atriz também foi processada por LBGTfobia por declarações numa entrevista à Leda Nagle e alvo de críticas nas redes sociais por apoiar o PL 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.
Recentemente, ela se referiu a si mesma como “atriz desempregada” ao agradecer Aguinaldo Silva por citá-la como a “atriz perfeita” para interpretar Odete Roitman no remake de “Vale Tudo”.