Ana Hickmann se emocionou na quarta-feira (17/7) durante um evento para mulheres que foram vítimas de violência doméstica. A apresentadora usou seu discurso no “Programa Ressoar” para mostrar pela primeira vez as imagens dos hematomas da agressão que sofreu de Alexandre Correa, com quem foi casada por 25 anos.
No Instagram, a modelo compartilhou alguns trechos importantes da palestra, como o momento em que relembrou de quando recorreu à polícia. “Na semana que essa marca aconteceu, isso foi no dia 11 de novembro de 2023, foi o dia que eu pedi socorro. Eu nunca trouxe as imagens para ninguém”, lembrou Ana, compartilhando um dos machucados com a plateia.
“Aliás, essa semana completou oito meses e eu quis fazer isso porque eu queria mostrar para vocês que não tem endereço, não tem conta em banco, não tem nome de família, não tem cor de pele, não tem nada que nos diferencia. Somos as mesmas que passamos pelas mesmas coisas. Pode mudar só o nome do agressor, mas o resto continua sendo igual. E tudo ocorre do mesmo jeito. Isso eu aprendi ao longo desses meses compartilhando e escutando histórias de outras mulheres”.
A vida continua
Ana Hickmann também relatou como foi a conversa com a delegada ao registrar a denúncia contra o ex-marido. “A única coisa que ficou bem claro pra mim: Você não tem culpa e você merece ser feliz. Se eu for feliz, o meu filho vai ser feliz. Se eu seguir, eu vou ser melhor mãe, eu vou conseguir ser um exemplo para ele”, contou a apresentadora, que foi julgada por preservar o herdeiro de seu sofrimento.
“E, acreditem, eu fui julgada por isso: ‘Ela não está sofrendo. Ela não está chorando. Ah, está tudo certo’. Julgamentos a gente vai ter o tempo todo, as pessoas vão apontar dedo, que você não tá levando a sério, que é mentira, mas no final do dia só a gente sabe o que está acontecendo. […] Tenham a coragem de colocar na frente de vocês o escudo de guerreiras. ‘Parece difícil, eu não vou conseguir’. […] A gente tem o direito de ser feliz, de continuar”.
Por fim, a apresentadora contou que voltou a trabalhar pouco depois de ser agredida dentro de casa, e que as pessoas diziam constantemente para ela esconder as marcas da violência. “Eu tinha um trabalho naquela semana que não tinha como esconder, então a gente tentou maquiar, mas o machucado era tão grande que não tinha maquiagem suficiente para esconder. Eu tentei e guardei essas coisas até hoje”, completou.