Um erro de marketing colocou a marca Adidas sob fogo cruzado e como alvo de campanhas de boicote nesta sexta (19/7). Tudo começou com o lançamento de uma campanha publicitária para o relançamento do tênis retrô SL 72OG inspirado nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, evento marcado pelo ataque de terroristas palestinos, que assassinaram 11 membros da equipe olímpica de Israel.
Sem considerar as implicações, a Adidas escolheu a top model Bella Hadid para estrelar a campanha. Mas Bela é filha de palestinos e conhecida por se posicionar publicamente sobre o conflito entre Israel e Palestina, e isto gerou protestos de judeus. Várias postagens de membros da comunidade judaica pediram que a marca retirasse a campanha do ar.
Pressão tirou campanha do ar
Sob pressão, a Adidas decidiu suspender os anúncios e emitiu um comunicado oficial. “Estamos cientes de que conexões foram feitas com eventos históricos trágicos – embora sejam completamente não intencionais – e pedimos desculpas por qualquer aborrecimento ou sofrimento causado. Como resultado, estamos revisando o restante da campanha”, afirmou um porta-voz da empresa.
Ainda segundo a marca alemã, a retirada da campanha foi uma medida tomada para respeitar as sensibilidades históricas e culturais associadas ao trágico evento das Olimpíadas de Munique, garantindo que futuras campanhas sejam mais conscientes e sensíveis a contextos históricos delicados.
Efeito da decisão foi pior
Só teve um detalhe. A decisão de tirar a campanha do ar desagradou outra parte da internet, que agora acusa a Adidas de perseguir uma modelo palestina por pressão de Israel, resultando em pedidos de boicote da marca. #BoycottAdidas chegou a viralizar no X em todo o mundo e com força maior que as reclamações judaicas.
Já Bella disse que não tem medo de perder trabalhos e afirmou que continuará se posicionando publicamente.