Simony foi acusada de agredir uma funcionária da Delta Airlines em fevereiro no aeroporto de Orlando, nos Estados Unidos. A acusação foi feita pela companhia aérea num processo movido pela própria cantora, após ela ser impedida de embarcar com seus quatro filhos em um voo com destino ao Brasil.
No início deste ano, a artista contou que se desentendeu com uma funcionária que os atendeu por último entre os passageiros, apesar dela estar de cadeira de rodas no aeroporto. A profissional exigiu que despachassem suas bagagens de mão, mas ela se recusou a despachar, argumentando que continham medicamentos do tratamento contra um câncer de intestino.
A discussão escalou rapidamente, com a funcionária adotando um tom mais agressivo e insistindo no despacho, já colocando tíquetes nas bagagens. Diante da recusa da família, ela determinou que nenhum deles embarcaria, mandando fechar o voo. “Eu comecei a ficar nervosa. Eu estava na frente dos meus filhos, na cadeira de rodas. Aí ela falou para o cara que estava me empurrando: ‘Tira ela agora. Nenhum deles vai viajar’”, relatou Simony.
Nesse momento, Simony levantou da cadeira para protestar contra a atitude da funcionária, mas acabou desmaiando com a tensão e precisou ser socorrida por seu filho mais velho, Ryan Eduardo. O incidente provocou choro entre os filhos, preocupados com o estado de saúde da mãe. Após o episódio, ela pediu uma indenização de R$ 55,3 mil pelo tratamento da funcionária da Delta.
Resposta da empresa
Por outro lado, a Delta Airlines disse à Justiça brasileira que Simony começou a gritar ao ser informada que seus pertences seriam despachados no compartimento do avião devido ao excesso de bagagens. A empresa ainda alegou que a famosa foi orientada a organizar seus medicamentos em uma única mala.
“Simony não apenas se recusou a atender às orientações, mas também teve comportamento agressivo com a funcionária, gritando, ofendendo-a e agredindo-a fisicamente”, afirmou a Delta, que anexou no processo um relato interno da comissária envolvida na confusão.
“A passageira levantou da cadeira de rodas e começou a gritar comigo, causando perturbação e começou a me culpar e me segurou pelo braço direito. Pensei que ela e seu grupo iam me agredir, e me afastei porque precisava de ajuda. Chamei a polícia imediatamente, quando a passageira agarrou meu ombro, me empurrou em direção à parede, machucando meu ombro”, declarou a funcionária.
Relato inverídico
Simony negou a acusação, afirmou que o relato é inverídico e garantiu que jamais agrediu a funcionária da empresa aérea. A advogada Jamila Gomes, que a representa, destacou que as câmeras de segurança do aeroporto podem comprovar que não houve agressão.
“Este episódio jamais ocorreu, pois não é da índole dos autores [Simony e familiares], até mesmo em razão de Simony estar, no presente momento, em tratamento contra o câncer. Como é de conhecimento de todos, esta patologia deixa os seus pacientes mais introvertidos, cansados em razão da medicação e, por vezes, debilitados, motivo pelo qual a empresa exigiu que ela ingressasse na área de embarque fazendo uso de cadeira de rodas”, afirmou Jamila.
A advogada também reforçou que não houve qualquer justificativa plausível para impedir o embarque ao Brasil, obrigando a família permanecer nos Estados Unidos sem qualquer respaldo da companhia aérea e exigindo a compra de novas passagens aéreas.
O processo ainda não foi julgado.