“Renascer” presta homenagem ao padre Julio Lancellotti

O autor Bruno Luperi demonstrou apoio ao trabalho humanitário do pároco com uma menção no folhetim

Divulgação/Globo

O autor Bruno Luperi adicionou uma homenagem especial em “Renascer” para o padre Julio Lancellotti, que é frequentemente atacado por aliados do ex-presidente Bolsonaro. Nos últimos meses, o paróco foi acusado de fazer parte de uma “máfia da miséria” na região da Cracolândia (SP), algo que motivou a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal.

A dedicatória foi exibida no capítulo de quarta-feira (5/6), quando Tião Galinha (Irandhir Santos) procurou o pastor Lívio (Breno da Matta) para questioná-lo sobre uma passagem bíblica sobre Jesus: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”, disse ele, reclamando que Egídio (Vladimir Brichta) teve o privilégio de herdar um terreno do pai, o coronel Firmino/Pica-Pau (Enrique Diaz).

“Eu também não sei do que adianta, mas olhe: Lá em São Paulo tem um padre que admiro muito, o nome dele é Julio Lancellotti. E faço minhas as palavras dele quando diz: ‘Não luto para vencer, eu sei que vou perder, eu luto para ser fiel até o fim'”, respondeu Lívio, expressando apoio aos trabalhos humanitários do pároco.

A cena teve boa repercussão nas redes sociais por outros apoiadores. “Que maravilhoso ver ‘Renascer’ citando o padre Julio Lancellotti”, escreveu um usuário do X (antigo Twitter). “O pastor mencionando o padre Julio! Que lindo”, comentou mais um perfil.

Pouco depois da exibição, o padre Julio Lancellotti também reagiu publicamente a homenagem de Luperi: “Gratidão! Lutar sempre!”, declarou ele após repostar um trecho da cena nos Stories do Instagram. “Estamos juntos nessa luta. Independentemente do credo, sempre fiéis ao mesmo propósito. Inspirados pela sua luta, padre Júlio Lancellotti. Sempre!”, respondeu o autor Luperi.

Trabalho humanitário

O padre Julio Lancelotti é conhecido pelas atividades sociais que realiza com a população em situação de rua na cidade de São Paulo. Ele também comanda a Paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca.

Além disso, o paróco dá nome a uma lei federal que proíbe a aplicação de elementos de arquitetura hostil, como pedras embaixo de viadutos e uso excessivo de grades, que tem como intuito expulsar as pessoas socialmente “indesejadas” da paisagem urbana.