Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal lança curso com acusado de tráfico

Em evento transmitido ao vivo, Marçal exalta Renato Cariani e destaca importância de curso de autoajuda

Instagram/Pablo Marçal

Declarações de apoio

Pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal saiu em defesa de Renato Cariani, influenciador do meio fitness que é réu por tráfico de drogas, crime que ele nega ter cometido. Os dois participaram de um evento na noite desta terça-feira (25/6), transmitido ao vivo pelas redes sociais, onde lançaram um curso juntos.

Em entrevista ao Uol, Marçal afirmou que Cariani, a quem chamou de amigo, “mudou a vida dele” ao incentivar cuidados com a saúde. O contato entre os dois começou há dois meses, quando o influenciador fitness já havia sido denunciado.

O político coach destacou não se preocupar em atrelar sua imagem à do influenciador, cuja inocência, para ele, será provada no decorrer do processo. “A empresa dele é bilionária, alguém pegou 50 notas fiscais em um universo de 25 mil. Acho uma canalhice chamar o cara disso para destruir a reputação dele”, disse Marçal. “Ele é um homem honrado, gosto dele, ele mudou a minha vida e vai continuar mudando a vida de mais gente. Não quero que as pessoas morram por causa de obesidade, que morram sem ter certeza no coração que podem prosperar.”

Defesa de Cariani

Na entrevista, Cariani lamentou que “um problema com a empresa da qual sou sócio seja usado para atingir politicamente” o parceiro. O influenciador reforçou ser inocente e destacou não ter contra si “qualquer condenação judicial”.

Curso de autoajuda

O curso de autoajuda chamado “Super Humano” foi lançado por Cariani e Marçal para ensinar a atingir “a plenitude no corpo, na alma e no espírito para prosperar em todas as áreas da vida”. Nas últimas semanas, Cariani e Marçal têm feito diversas publicações juntos, com o instrutor físico ajudando o coach em suas atividades físicas.

Denúncia contra Cariani

Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal fez busca e apreensão na casa de Cariani, suspeito de integrar uma organização criminosa que desviava produtos químicos para a produção de drogas. Segundo a PF, em seis anos, empresas que têm Cariani como sócio desviaram cerca de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol, substâncias usadas para transformar pasta base de cocaína em pó e pedras de crack. A principal empresa investigada é a Anidrol, uma indústria química em Diadema, na Grande São Paulo, da qual o influenciador é sócio.

A investigação, em parceria com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), começou em 2019 a partir de uma denúncia do laboratório AstraZeneca, fabricante de vacinas e medicamentos. Em abril, a Justiça autorizou a devolução do passaporte de Cariani, para que ele possa viajar a trabalho ao exterior, desde que avise a Justiça com 15 dias de antecedência.