Segundo o jornal britânico The Sunday Times, a Netflix pressionou o criador Richard Gadd a rotular a minissérie “Bebê Rena” como uma história real, apesar de Gadd ter expressado suas reservas sobre essa decisão.
O aviso “esta é uma história real” foi adicionado ao início da série por insistência da Netflix, afirma a reportagem. Após a publicação da denúncia, os advogados de Fiona Harvey, identificada pelos fãs como a “Martha da vida real”, passaram a acusar a plataforma de “má conduta intencional”.
Declarações dos advogados
Fiona Harvey acusa a plataforma de streaming de difamá-la ao retratá-la como uma perseguidora condenada duas vezes e sentenciada a cinco anos de prisão por agressão sexual, algo que nunca teria acontecido com ela na vida real. Seu advogado, Richard Roth, comentou: “Se ouviram do criador que não deveriam rotular como uma história verdadeira e fizeram isso mesmo assim, é má conduta intencional. Eles precisarão provar que tudo isso de fato aconteceu.”
A trama de “Bebê Rena”
“Bebê Rena” acompanha Donny Dunn (interpretado por Richard Gadd), um comediante que conhece Martha (Jessica Gunning) no bar onde trabalha e acaba vendo sua amizade se transformar numa perseguição perigosa por parte da mulher. A história começa quando Martha entra no bar sem dinheiro, e Dunn, compadecido, oferece uma xícara de chá. Esse ato dá início a uma relação perturbadora, que inclui abuso sexual, assédio e chantagens, e acaba com a prisão da mulher.
Reações e controvérsias
A minissérie tem gerado debates sobre a ética na produção de conteúdos baseados em eventos reais, e a acusação por parte da imprensa britânica de que a Netflix pressionou para adicionar o rótulo de “história real” aumenta ainda mais a polêmica.