Lúcia Veríssimo teve altos prejuízos após ter sua fazenda incendiada por invasores no final de semana. Em entrevista ao Gshow, a artista relatou que os maiores danos foram nos piquetes, uma área de pastagem e manejos dos cavalos.
A artista vive numa propriedade no munícipio de Chiador, em Minas Gerais, com quatro alqueires (cerca de 217,8 mil m²) no meio da Mata Atlântica. As chamas começaram após um grupo de invasores jogar uma guimba de cigarro no local. No incidente, Lúcia precisou de atendimento dos bombeiros.
“Tive um prejuízo de cinco alqueires, mas não eram da minha reserva florestal. São de territórios que venho replantando”, afirmou a atriz, explicando que o pasto de capim coast-cross tem alto custo para ser conservado. “Só pode ser semeado entre setembro e novembro, para florescer no próximo ano. Os meus já estavam sólidos, porque eram de muitos anos. E foi totalmente queimado”.
“É o principal alimento do cavalo. Agora, começa a seca e não tem verde. E o único que fica verde na seca é o [capim] coast-cross. Vou ter que mantê-los na ração muito mais do que o normal, o que é um gasto muito maior, e não é ideal que o cavalo coma só ração. O verde é a base da alimentação, a ração é apenas um complemento. Então, estou desde ontem pensando como vou resolver”.
Apesar do transtorno, Lúcia afirmou que não pretende registrar um boletim de ocorrência: “Isso acontece habitualmente. As pessoas não têm respeito. Não [fiz o B.O.], não adianta. Ainda estou viva, tenho que estar feliz por estar viva. Aqui, a situação é grave”.
Falta de bombeiros
Lúcia Veríssimo também contou que não há Corpo de Bombeiros no município onde vive. Por isso, os profissionais do quartel de Juiz de Fora, localizado a 80km de distância, demoraram três horas para chegar na propriedade em Chiador.
A artista uniu forças com um funcionário para tentar conter o incêndio nesse período: “Estávamos tentando fazer um aceiro, [uma técnica] para delimitar o espaço e o fogo não passar [e alcançar a área da vegetação]. Mas, com o vento e a seca, tudo foi desfavorável”.
Por conta disso, ela precisou de atendimento no local. “Fiquei no oxigênio. Meu esófago está todo machucado, meu empregado também”, contou no Instagram. “Não soltem balão, não joguem guimba de cigarro nas estradas”, ela alertou.
Após chegarem, os bombeiros tiveram um longo trabalho de quase 10 horas para controlar as chamas. “Eles podiam ter jogado a toalha, porque a situação era muito feia. É uma floresta virgem, com árvores de 25 a 30 metros. Quando pega fogo, são labaredas, do tamanho delas. Eles foram verdadeiros heróis. Depois, entraram na fazenda do vizinho para ver por trás se estava tudo seguro”, relatou Lúcia.