Casimiro é condenado por comentário sobre reality show

O apresentador terá que pagar indenização após chamar um participante de "vagabundo" e pedir sua prisão

YouTube/Casimiro

O apresentador Casimiro Miguel, dono da CazéTV, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 10 mil ao mecânico Denilson Jales, que participou do reality show “Supernanny” em 2014. No programa do SBT, onde uma especialista ajuda famílias a impor disciplina aos filhos, Denilson contou que ele e sua esposa haviam se tornado pais muito cedo (ele com 22 anos e ela com 15).

Em 2021, sete anos após a exibição do reality, Cazé realizou uma live na qual chamou o mecânico de “vagabundo, bobalhão, galalau, merda e paspalhão”, e ainda disse que o mecânico merecia “cadeia” ao comentar que ele havia engravidado uma jovem de 15 anos. “É crime! Cadeia, cadeia no vagabundo! Que porr* é essa? Como é que ele fala essa porr* no programa? Não é juízo que faltou para você, não, é cadeia que faltou para você, vagabundo.”

Mecânico levou caso à Justiça

Denilson Jales levou o caso à Justiça, afirmando que nunca foi acusado de crime e que ele e sua então esposa constituíram uma família, com três filhos. “Casimiro utiliza a sua popularidade para lucrar, injuriar e ofender o autor [do processo] publicamente”, afirmou o advogado Marco Luna, que representa o mecânico, ressaltando que o vídeo obteve 3 milhões de visualizações no YouTube.

Defesa de Casimiro

Cazé se defendeu afirmando que seu canal é humorístico e que seus comentários foram descontextualizados. “Tendo somente feito uma piada ao vivo com seus seguidores, sem jamais mencionar ‘estupro’ ou até mesmo ‘pedofilia'”, disse ele. Casimiro alegou que suas críticas eram manifestações do exercício da liberdade de opinião.

Decisão judicial

O juiz Ricardo Kuei Hsu não aceitou a defesa de Casimiro, citando que ele cometeu “abuso” ao se referir ao mecânico como “vagabundo”, “um merda” e “paspalhão”. Além da indenização, cujo valor será acrescido de juros e correção monetária, o juiz determinou que Casimiro retire o vídeo de seus canais.

O apresentador ainda pode recorrer da decisão.