O governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom RS), informou que não há registros de doações em nome da cantora Madonna destinadas às vítimas das enchentes no estado. A confirmação veio após especulações veiculadas por meios de comunicação durante o último fim de semana, sugerindo que a artista teria realizado uma contribuição de R$ 10 milhões. Quem espalhou a notícia foi o colunista Erlan Bastos, que teve a afirmação replicada à exaustão pelos mais diversos sites. Ele afirmou ter recebido a informação de uma fonte supostamente legítima – que não procurou nenhum outro jornalista. Como Erlan ainda afirma que Madonna fez a doação de forma anônima, a Secom RS acrescentou que não chegou nenhuma doação de valor sequer similar ao narrado pelo colunista.
Canais oficiais de doação
A Secom RS reforçou que existem quatro canais oficiais para doações, tanto nacionais quanto internacionais, destinadas à população afetada pelas recentes calamidades. O site oficial da campanha lista os itens mais necessários no momento e destaca a conta “SOS Rio Grande do Sul”, que possui uma chave Pix única, vinculada a uma conta bancária do Banrisul. “Os recursos arrecadados serão integralmente utilizados para o apoio humanitário às vítimas e para a reconstrução da infraestrutura dos municípios afetados”, comunicou o governo.
Transparência e segurança na doação
As autoridades estaduais também destacaram a importância do canal oficial de doações para centralizar a ajuda financeira, oferecer segurança aos doadores e garantir transparência na gestão dos recursos, que serão submetidos a auditorias e fiscalizações do poder público.
Madonna no Brasil e os efeitos econômicos
O cachê de Madonna para a apresentação na praia de Copacabana foi de US$ 3,3 milhões (aproximadamente R$ 17 milhões), conforme divulgado pela produtora Bonus Track em documento à Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj). O evento gratuito, que contou com um público de 1,6 milhão de pessoas e custo total de R$ 59,9 milhões, teve um retorno econômico estimado pela Prefeitura do Rio em R$ 300 milhões para a região, impulsionado pela alta ocupação hoteleira.