Estreias | Confira as 10 principais novidades do streaming na semana

Programação de estreias tem Beatles, "Star Wars", "Godzilla e Kong", "Doctor Who", "Lisa Frankenstein" e a nova sci-fi "Matéria Escura"

Divulgação/Apple TV+

A seleção de novidades do streaming desta semana destaca 6 séries e 4 filmes. Entre as séries, a sci-fi é o gênero predominante, com três atrações diferentes – duas delas de franquias famosas, “Star Wars” e “Doctor Who”, embora a única produção original, “Dark Matter”, seja a melhor sugestão. Já a relação de filmes destaca títulos de VOD, reunindo blockbusters e inéditos no cinema, além de um famoso documentário dos Beatles de 1970.

 

SÉRIES

 

MATÉRIA ESCURA | APPLE TV+

 

Baseada num dos melhores romances de ficção científica da década, a série apresenta a história do homem que raptou a si mesmo. A trama acompanha Jason Dessen, um cientista brilhante, professor e pai de família, que certa noite é sequestrado e acorda numa versão alternativa de sua vida, onde seus amigos não o conhecem e ele está casado com outra mulher. Logo, ele descobre que, nessa realidade, inventou uma forma de viajar ao multiverso, acessando diversas existências diferentes da humanidade. E que o Dessen desse mundo usou a tecnologia para trocar de vida com ele.

Preocupado com a mulher e o filho diante da ameaça de seu outro eu, o protagonista tenta encontrar o caminho de volta para sua própria realidade, mas, sem conhecer a tecnologia, depara-se com um labirinto de possibilidades. Mesmo diante das dificuldades, ele decide embarcar numa jornada angustiante pelo multiverso, na companhia inesperada da esposa de quem o raptou.

O escritor da obra original, Blake Crouch (também autor de “Wayward Pines”), atua como criador, produtor executivo, showrunner e roteirista ao lado dos produtores executivos Matt Tolmach e David Manpearl (ambos de “Jumanji: Próxima Fase”), enquanto o elenco destaca Joel Edgerton (“Boy Erased”) no papel principal, ao lado de Jennifer Connelly (“Expresso do Amanhã”) e Alice Braga (“O Esquadrão Suicida”) como suas esposas de diferentes vidas.

 

DOCTOR WHO 14 | DISNEY+

 

A 14ª temporada da sci-fi britânica traz o protagonista, agora vivido por Ncuti Gatwa (o Eric de “Sex Education”), viajando no tempo e no espaço – e testando a famosa teoria da borboleta de “O Som do Trovão”, clássico do escritor Ray Bradbury.

O primeiro Doutor negro viveu sua primeira aventura solo no Natal passado, num episódio temático que também introduziu sua nova companheira de aventuras, Ruby Sunday, vivida por Millie Gibson (conhecida no Reino Unido por participar da novela britânica “Coronation Street”). Os dois estrelam os episódios regulares da nova temporada, que também destaca o retorno de Russell T. Davies ao posto de showrunner. Ele foi criador do reboot moderno da série em 2005 e responsável por transformar o ator David Tennant no intérprete mais icônico do personagem.

 

PRETTY LITTLE LIARS: CURSO DE VERÃO | MAX

 

A 2ª temporada do reboot de “Pretty Little Liars” encontra as protagonistas enfrentando um destino pior que a morte: aulas de recuperação durante as férias de verão. No entanto, o castigo educativo não é o pior problema de suas vidas. Em meio a aulas, empregos de verão e novos interesses amorosos, elas voltam a ser perseguidas por um serial killer, que pode ou não ter ligação com “A”, o psicopata da temporada inaugural. Decididas a continuar vivas, as final girls resolvem investigar a fundo o novo mistério e desvendar a identidade de seu assassino em potencial.

Escrita e produzida por Roberto Aguirre-Sacasa (criador de “Riverdale” e “O Mundo Sombrio de Sabrina”) e Lindsay Calhoon Bring (roteirista de “O Mundo Sombrio de Sabrina”), a série é estrelada por Bailee Madison (da série “A Bruxa do Bem”), Chandler Kinney (“Máquina Mortífera”/Lethal Weapon), Maia Reficco (“Kally’s Mashup”), Zaria Simone (“Black-ish”) e Malia Pyles (“Batwoman”).

 

BODKIN | NETFLIX

 

A série de suspense cômico segue um grupo de podcasters na investigação de um mistério em uma pequena cidade da costa irlandesa. Primeira produção roteirizada da Higher Ground, empresa do casal Barack e Michelle Obama, a trama destaca Will Forte (“Sweet Tooth”) no papel de Gilbert, um podcaster carismático e entusiasmado dos EUA que está em busca de sua próxima grande história. Siobhán Cullen (“The Dry”) interpreta Dove, uma jornalista investigativa de Dublin que se sente diminuída por servir de consultora para o podcaster, mas logo se entusiasma ao perceber que o caso frio investigado é, na verdade, muito quente. Para completar, Robyn Cara (“Red Rose”) vive Emmy, uma pesquisadora brilhante e engraçada que tem ajudado Gilbert a organizar seu podcast.

Ao chegarem em Bodkin, Irlanda, para contar uma história de antigos desaparecimentos, este trio logo se depara com um clima de conspiração e vê a comunidade se voltar contra eles. Mas isso ajuda a energizar a desanimada Dove, que tenta convencer os colegas a irem até o fim e realizar uma grande reportagem de denúncia.

A série foi criada pelo curta-metragista Jez Scharf e conta com Alex Metcalf (“A Voz Mais Forte – O Escândalo de Roger Ailes”) como showrunner e produtor executivo, junto com os Obamas.

 

FEUD: CAPOTE VS. THE SWANS | STAR+

 

A 2ª temporada da série sobre rixas históricas produzida por Ryan Murphy – para quem não lembra, a 1ª temporada foi sobre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford – mostra uma história inusitada. A trama apresenta mulheres da alta sociedade nova-iorquina, conhecidas como as “Swans” (cisnes), fazendo fofocas maldosas. E o escritor Truman Capote, interpretado por Tom Hollander (“The White Lotus”), anotando tudo.

Na ocasião, o escritor abusou da confiança das ricaças, que o consideravam como um amigo, para descobrir todos os seus segredos e expô-los com olhar maldoso no conto “La Côte Basque, 1965”, publicado na revista Esquire em 1975. Os escândalos revelados pelo texto renderam uma briga épica com as socialites, além de fazer o escritor aclamado – um dos pioneiros do gênero “true crime” – ser cancelado e banido da alta sociedade.

As poderosas de Nova York são interpretadas por um grupo impressionante de atrizes, formado por Naomi Watts (“Bem-Vindos à Vizinhança”), Chloë Sevigny (“Boneca Russa”), Diane Lane (“Liga da Justiça de Zack Snyder”), Calista Flockhart (“Supergirl”), Demi Moore (“Admirável Mundo Novo”) e Molly Ringwald (“Riverdale”). A série tem roteiro de Jon Robin Baitz (“Brothers and Sisters”) e direção é assinada pelo famoso cineasta Gus Van Sant (“Milk: A Voz da Igualdade”).

 

STAR WARS: HISTÓRIAS DO IMPÉRIO | DISNEY+

 

A nova série animada de Davi Filoni (produtor de quase todas as séries “Star Wars”) faz parte da franquia “Histórias” (Tales) e segue o mesmo estilo de “Star Wars: Histórias dos Jedis”, lançada em 2022. A produção é uma jornada de seis episódios pelo temível Império Galáctico, ambientada em diferentes eras e acompanhada pelos olhos de duas guerreiras em caminhos divergentes. Após perder tudo, a jovem Morgan Elsbeth navega pelo mundo Imperial em expansão em busca de vingança, enquanto a ex-Jedi Barriss Offee faz o que deve para sobreviver em uma galáxia em rápida mudança. As escolhas que elas fazem definirão seus destinos.

O elenco de vozes inclui diversos atores que já interpretaram seus personagens no universo “Star Wars”, com destaque para Diana Lee Inosanto (que viveu Morgan Elsbeth na série live-action “Ahsoka”) e Meredith Salenger (dublou Barriss Offee em “Star Wars: A Guerra dos Clones”). O elenco ainda inclui Rya Kihlstedt como Lyn (também conhecida como Quarta Irmã), vista em live-action na série “Obi-Wan Kenobi”, Wing T. Chao, que apareceu como o Governador Wing em “The Mandalorian”, Lars Mikkelsen, que deu vida ao Grande Almirante Thrawn em “Ahsoka”, Jason Isaacs, que dublou o Grande Inquisidor em “Star Wars: Rebels”, além de Matthew Wood, voz oficial do General Grievous desde “Star Wars: A Vingança dos Sith” (2005).

 

FILMES

 

GODZILLA E KONG – O NOVO IMPÉRIO | VOD*

 

Os ex-inimigos viraram aliados na continuação catastrófica de “Godzilla vs. Kong” (2021), com Godzilla atendendo ao apelo de Kong para ajudá-lo a enfrentar uma nova ameaça, que está dizimando seu reino subterrâneo. Com a trama espalhando monstros gigantes por vários cartões postais internacionais, a ameaça também chega à praias do Rio de Janeiro.

O enredo revela que Kong não é o último de sua espécie. Uma tribo inteira de macacos gigantes sobrevive no mundo subterrâneo descoberto no filme anterior, com direito até a um “mini-Kong”. Entretanto, um macaco ainda maior e mais poderoso está exterminando os demais para se estabelecer como o King da raça dos Kongs. E Kong não é forte o suficiente para detê-lo, o que serve de deixa para a entrada de Godzilla na história. Repararam que nada nessa premissa envolve personagens humanos? Pois é, eles servem basicamente para narrar o que está acontecendo e dar uma espécie de luva metálica para Kong. A história foi feita mesmo só para mostrar criaturas gigantes brigando e destruindo infraestruturas – como action figures nas mãos de crianças com grande orçamento.

A produção conta novamente com direção de Adam Wingard, que comandou “Godzilla vs. Kong”, e traz um punhado de atores para competir com o destaque dos efeitos visuais, incluindo Dan Stevens (“Legion”) como novo protagonista humano, além de Fala Chen (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) e os retornos de Brian Tyree Henry, Rebecca Hall e a menina Kaylee Hottle, vistos no longa anterior – que faturou US$ 468 milhões nas bilheterias mundiais, mesmo sendo lançado simultaneamente em streaming nos EUA.

 

LISA FRANKENSTEIN | VOD*

 

Inédita nos cinemas brasileiros, a comédia romântica gótica acompanha uma adolescente que revive um cadáver para transformá-lo no homem perfeito de sua vida. Com roteiro de Diablo Cody (“Garota Infernal”), o filme conta a história de Lisa, jovem incompreendida dos anos 1980, e seu crush do ensino médio, que por acaso é um cadáver bonito, enterrado no cemitério local desde a era vitoriana. Depois que ela consegue trazê-lo de volta à vida, os dois embarcam em uma aventura assassina em busca de novos membros, um senso de autonomia e talvez até de amor. Nesta jornada, eles matam pessoas para obter as partes do corpo necessárias para manter a Criatura viva, além de tentar melhorar sua aparência e funcionalidade.

A atriz Kathryn Newton, que viveu a filha do Homem-Formiga no mais recente filme do herói (“Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”) interpreta Lisa com um visual que combina os looks de Madonna e Winona Ryder nos anos 1980, enquanto Cole Sprouse, o Jughead de “Riverdale”, dá vida ao cadáver ambulante. A direção é de Zelda Williams, filha do falecido ator Robin Williams (“Jumanji”), que evoca o cinema de Tim Burton em seu primeiro longa-metragem – após chamar atenção com a comédia de terror “Kappa Kappa Die”, uma telefilme de 45 minutos, em 2020.

 

A SALA DOS PROFESSORES | VOD*

 

O candidato alemão na disputa do Oscar passado de Melhor Filme Internacional é um drama ambientado em uma sala de aula do sexto ano, que serve como um microcosmo do mundo exterior e se transforma em um cenário de suspense quando uma série de pequenos furtos começa a ocorrer. A narrativa explora as dinâmicas de poder e justiça dentro da escola, centrando-se em Carla Nowak, interpretada por Leonie Benesch (“Enxame”), uma professora que tenta governar sua classe com empatia e justiça, ao invés de autoritarismo.

Carla, que sempre prioriza o bem-estar de seus alunos, se vê no centro de uma série de acusações e demandas de colegas, administradores, pais e até mesmo do jornal estudantil da escola quando um furto de dinheiro a leva a realizar uma investigação. Enquanto muitos apontam Ali, um estudante muçulmano, injustamente acusado do roubo, a evidência visual obtida pela professora incrimina Friederike Kuhn, membro da equipe administrativa e mãe de um dos melhores alunos da classe, Oskar. A situação se complica ainda mais quando Oskar começa a fomentar uma rebelião aberta, incitando a equipe do jornal da escola a publicar um perfil difamatório de Carla, e os outros professores começam a isolar a colega.

A obra é o quarto longa-metragem do diretor Ilker Çatak (“Räuberhände”) e conquistou cinco troféus na premiação da Academia Alemã de Cinema (o “Oscar alemão”), incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz para Leonie Benesch.

 

THE BEATLES: LET IT BE | DISNEY+

 

O documentário sobre a gravação do último álbum dos Beatles, que estava fora de circulação há 40 anos, foi restaurado pelo cineasta Peter Jackson, após ter acesso a todos os arquivos originais de filmagem e criar sua própria versão dos registros, lançada como a série “The Beatles: Get Back”, em 2021.

Depois do material definitivo sobre as gravações, Jackson se debruçou sobre o filme original, dirigido por Michael Lindsay-Hogg (“Memórias de Brideshead”) com filmagens no estúdio Abbey Road de 2 de janeiro a 31 de janeiro de 1969, originalmente para um especial de televisão focado na produção do novo álbum dos Beatles. O projeto, entretanto, sofreu alteração quando “Let It Be” virou oficialmente o último disco inédito da banda.

Após John, Paul, George e Ringo anunciarem a separação, o documentário foi direto para o cinema, lançado em maio de 1970 com destaque para as brigas e disputas internas que teriam levado o quarteto a encerrar a parceria. Em “Get Back”, Jackson mostrou que Lindsay-Hogg pesou a mão para refletir as manchetes da separação do grupo, ao mostrar uma versão bem diferente das cenas descartadas, com um clima mais leve e divertido, embora tenha destacado que, a certa altura, George Harrison chegou a se demitir da banda durante as sessões.

O filme oficial também registra as cenas históricas do famoso último concerto da banda, feito no telhado de Savile Row em Londres para um público desnorteado, e que foi interrompido por ação da polícia. Apesar de ser um filme muito famoso, “Let It Be” estava indisponível em todos os formatos de vídeo e inédito em streaming, tendo ganhado apenas uma versão em vídeo para colecionadores em 1980.

 

 

* Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.