Taylor Swift lançou neste sábado (20/4) o clipe de “Fortnight”, parceria com Post Malone de seu novo álbum, “The Tortured Poets Department”. A faixa é o primeiro single do disco e revive o synthpop soft de bandas dos anos 1980 como Berlin, Ultravoxx e The Motels.
Cheio de simbolismos, o vídeo em preto em branco, concebido e dirigido pela cantora, traz Taylor presa numa instituição que lida com problemas mentais. As primeiras imagens remetem à desorientação do surrealismo, além de mostrarem o rosto da artista ganhando tatuagens como as de Post Malone. Ele aparece em seguida em cenas desconectadas, numa grande redação de poemas, num laboratório e numa cabine telefônica. A última cena traz Taylor sentada no teto da cabine, durante uma chuva torrencial, e expressa a dificuldade de conexão entre os dois.
Já Taylor vai da prisão – com direito a algemas – de uma cama de hospício à explosão de raiva e frustração, destruindo o ambiente da redação e colocando fogo em várias páginas de poesias datilografadas. Entre uma cena e outra, ela sofre eletrochoque com equipamento de cientistas loucos – interpretados, em curta participação, pelos atores Ethan Hawke e Josh Charles, que quando eram jovens trabalharam juntos em “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989).
Tudo é belamente fotografado pelo cinematógrafo Rodrigo Prieto, que já foi indicado quatro vezes ao Oscars – a mais recente neste ano, por “Assassinos da Lua das Flores”.
“Quando eu estava concebendo o videoclipe ‘Fortnight’, queria mostrar a vocês os mundos que vi na minha cabeça e que serviram de pano de fundo para fazer essa música”, escreveu a cantora no Instagram. “Quase tudo nele é uma metáfora ou uma referência a um canto ou outro do álbum. Para mim, este vídeo acabou por ser a representação visual perfeita deste disco e das histórias que canto nele. Post Malone me surpreendeu no set como nosso trágico herói torturado e sou muito grato a ele por tudo que ele colocou nesta colaboração.”
Ela também comentou que estava rindo de felicidade “por trabalhar com os caras mais legais do mundo, Ethan Hawke e Josh Charles (poetas torturados, conheçam seus colegas do fim do corredor, os poetas mortos)”. E completou: “Eu ainda não consigo acreditar que trabalhei com o incompreensivelmente brilhante Rodrigo Prieto”.