Em campanha contra Alexandre de Moraes e o judiciário brasileiro no X (antigo Twitter), o bilionário Elon Musk já se gabou de dar golpes políticos ao redor do mundo. Em 2020, ele publicou o aviso na rede social: “Vamos dar golpe em quem quisermos. Lide com isso”.
A mensagem foi publicada no contexto de uma crise política na Bolívia. Pouco antes, o presidente Evo Morales, de esquerda, havia renunciado ao cargo. Musk escreveu o tuite em resposta a um internauta que acusou o governo dos Estados Unidos de organizar um golpe na Bolívia para Musk poder fechar um negócio e garantir para suas empresas a produção de lítio do país – componente amplamente utilizado na fabricação das baterias em diversos eletrônicos atuais e também nos carros elétricos da Tesla, empresa do bilionário.
Interesses da Tesla também estariam ligados a atual campanha política contra o Brasil. Neste ano, representantes da BYD, gigante chinesa de carros elétricos, apresentaram ao presidente Luís Inácio Lula da Silva um plano de investir R$ 3 bilhões no complexo de Camaçari, que terá capacidade inicial de produzir 150 mil carros por ano e será a primeira fábrica de automóveis da empresa fora da Ásia. Com isso, a BYD dominaria o mercado brasileiro, que Musk tinha esperanças de conquistar com o possível apoio de Bolsonaro.