Anitta compartilhou a motivação por trás do lançamento de “Funk Generation”. Em entrevista coletiva nesta sexta (26/4), a artista carioca, que vive fase bem-sucedida no cenário internacional, explicou que um susto com a saúde a levou a criar o álbum: “Eu estava muito doente. Tive que fazer exame de câncer, fiquei muito mal. Achei que fosse morrer por um tempo”, confessou. Movida por essa experiência, ela decidiu: “Já que vou morrer, vou fazer o melhor álbum da minha vida”.
Ela contou que começou o álbum à distância, com a ajuda dos produtores, deitada na cama sem conseguir fazer nada. Por isso, ela garante: “Esse álbum não segue a fórmula do que é sucesso hoje, do que é mainstream, ele segue a minha cabeça mesmo”, explicou. “Depois que ficou pronto, eu fiquei bem, fui a várias coisas, jornadas espirituais. Tirei todo esse vudu de mim”.
Cultura brasileira e a diversidade do funk
“Funk Generation” busca mostrar a riqueza e a diversidade do funk, indo além dos estereótipos geralmente associados ao gênero. Anitta e sua equipe se inspiraram em estilos diferentes de funk: melody, baile de corredor, proibidão, etc. “Para ter todos os tipos de dança, passinho, rebolar, tudo […] Acho que o Brasil tá gostando tanto por isso, porque tá bem no nosso estilo”.
A cantora afirma que se esforça para levar a cultura brasileira para o mundo e inspirar novas gerações de artistas. “Quando é possível, quando alguma revista se interessa, a gente pergunta se não pode vir ao Brasil. Sempre tento fazer algo assim. E nas entrevistas, vou falando”, disse Anitta.
Depois de lançar “Grip” nesta sexta, ela adiantou como serão os próximos clipes, todos com elementos brasileiros. “O clipe de ‘Aceita’ vai vir com candomblé, o clipe de ‘Ahí’ vai ter escolas de samba, se a gente conseguir fazer sair. Eu não coloquei só a mulher bonita do samba, coloquei a velha guarda… para que as pessoas busquem e se interessem”, acrescentou.
Turnê e carreira internacional
Com foco na internacionalização de sua carreira, Anitta anunciou que, por enquanto, não há planos para shows no Brasil com o novo álbum. A decisão, segundo ela, se deve à falta de disposição do público nacional em pagar preços mais altos para artistas brasileiros. “Quando é show internacional, todo mundo quer pagar zilhões”, disse. “A gente está pensando em como fazer [um grande show no Brasil] acontecer. Uma coisa é fazer shows pequenos como estamos fazendo em outros países. Esse evento maior requer tempo e estrutura, e a galera não está muito a fim de pagar para ir em eventos desse tipo [com brasileiros]”, explicou.
Com uma carreira consolidada no Brasil e passos largos na internacionalização, Anitta se mostra realizada e já pensa em novos projetos. “Eu sou doida para fazer uma pausa”, revelou. “E acho que o processo [de internacionalização] tá bastante completo. Eu poderia passar o bastão para alguém seguir o trabalho, porque tô super realizada. Tá maravilhoso. Já sinto que cumpri tudo que tinha para cumprir”, completou a cantora.