Anitta divulgou o clipe de “Grip”, que chega junto do lançamento de seu aguardado novo álbum, “Funk Generation”, o primeiro de sua fase internacional – e da nova gravadora, Republic Records (a mesma de Taylor Swift).
A música tem menos de dois minutos, mas reúne muita informação musical. A faixa fecha um círculo, devolvendo o funk às suas origens, cantada em inglês na língua do Miami Bass e do hip-hop dançante dos anos 1980. Tem batidas de 808 Bass, vintage absoluto, guitarras sampleadas ao estilo de “Everybody Dance Now” (C&C Music Factory), respiração resfolegante ritmada como em “Push It” (Salt-N-Pepa), letra explícita na melhor linha “Me So Horny” (2 Live Crew) e uma levada dançante para dar inveja a “Get Up” (Technotronic). E no meio desse arsenal de referências, funk carioquíssimo, com um passagem sutil de levada de escola de samba entre as viradas de programação da beat eletrônica.
Na internet, gente em busca de confusão já apontou semelhanças com “Tá Solteira”, de FBC e VHOOR, lançada em 2021. Nada a ver – ali a referência é outra: “Planet Rock” (Afrika Bambaataa), que é electro, pré-Miami Bass e totalmente despojada. A polêmica não existe. Anitta usou influências dos anos 1980 para criar música moderna e vibrante, não um pastiche de funk antigo.
O clipe que acompanha “Grip” foi gravado em preto e branco e já começa com um “money shot”. Literalmente, a primeira imagem é um close num frasco do perfume íntimo de Anitta, que vem logo atrás num triângulo de calcinha branca preenchendo toda a tela. O resto é muita coreografia em meio a uma multidão de pessoas em clima de festa, com pernas abertas, bundas jogadas e muito calor. Detalhe para arrepiar os ouvintes estrangeiros é que a letra é um grande elogio à parte especialmente cheirosa de Anitta, com referência a prazeres de lamber os lábios.
O álbum “Funk Generation” foi lançado nesta sexta (26/4) e é o assunto do dia nas redes sociais.