Alok anunciou nesta sexta-feira (19/4) o lançamento do álbum “O Futuro é Ancestral”, que combina nove faixas de batidões eletrônicos com musicas das comunidades indígenas. A data foi escolhida a dedo para coincidir com a comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas.
O artista é defensor das lutas dos povos originários e tem usado sua visibilidade nas redes sociais para trazer conhecimentos sobre as figuras indígenas. A prova disso está no nome do projeto musical, que faz referência ao título do último livro do pensador Ailton Krenak, o primeiro indígena a ingressar na Casa de Machado de Assis, “Futuro Ancestral” (2022).
O novo projeto musical reúne as vozes das tribo Huni Kuin, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-kaiowá, Kaingang, Guarani Nhandewa, além dos Yawanawá, que foram motivo de inspiração para Alok no passado, quando ele buscava um sentido para viver.
“Em 2014/2015, eu estava em um momento meio depressivo da minha vida, buscando inspiração. Foi quando vi um vídeo do povo Yawanawá [no Acre] cantando. Achei lindo e sabia que precisava ir lá conhecer. Nós passamos 10 dias juntos, e foi um momento de ressignificar muitas coisas em minha vida”, contou Alok em uma coletiva de imprensa.
Alok também explicou que existem valores diferentes sobre a definição de cultura no meio musical. “Enquanto eu trabalhava para chegar às paradas de Músicas Mais Tocadas, eles estavam fazendo canções com intenção de curar e levar sua espiritualidade adiante. Perceber isso me transformou”, completou o DJ.