“True Detective” é renovada para a 5ª temporada

Sucesso de audiência de "Terra Noturna" garante renovação com a volta da showrunner responsável pelo quarto ano da produção

Divulgação/HBO

A HBO anunciou a renovação de “True Detective” para a 5ª temporada, que voltará a contar com a volta da showrunner Issa López, responsável pelo sucesso do quarto ano da produção, batizado de “Terra Noturna”.

“Da concepção ao lançamento, ‘Terra Noturna’ foi a colaboração e a aventura mais linda de toda a minha vida criativa. A HBO confiou na minha visão o tempo todo, e na ideia de dar vida a uma nova encarnação de ‘True Detective’. Este time é um sonho realizado. Mal posso esperar para fazer de novo”, comentou López, em comunicado sobre a renovação.

Conhecida pelo premiado terror “Os Tigres Não Têm Medo” (2017), a cineasta mexicana usou sua experiência no gênero para combinar a série de investigação criminal com elementos sobrenaturais.

Apesar de atrair críticas por parte do criador da série, Nic Pizzolatto, “Terra Noturna” foi um sucesso de audiência, registrando o maior público da antologia entre todas as temporadas.

Recorde de audiência

A média de audiência dos episódios atingiu 12,7 milhões de espectadores nos Estados Unidos, ultrapassando a 1ª temporada, que havia registrado uma média de 11,9 milhões. Este cálculo considera a audiência acumulada por um período de 90 dias após a estreia de cada episódio, e soma o público da TV paga e da plataforma Max.

O recorde de “Terra Noturna” não se deu apenas dentro da própria série “True Detective”. A performance também se destaca em comparação com outras produções recentes da HBO. A 4ª temporada superou as médias de audiência de atrações de sucesso como “The White Lotus”, que teve uma média de 10,1 milhões de espectadores, e “Succession”, com 8,7 milhões. Este feito reassegura a decisão do canal de resgatar a série antológica, que ficou cinco anos sem lançar episódios.

Investigação sombria

Ambientada na gélida localidade de Ennis, no Alasca, a 4ª temporada seguiu a detetive Liz Danvers, interpretada por Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), e sua parceira, Evangeline Navarro, papel de Kali Reis (“Catch the Fair One”), na investigação do desaparecimento de oito cientistas em um remoto centro de pesquisa.

Junto de cenas fortes, como a descoberta de um bloco gigante de carne formado por cinco corpos congelados, e uma abordagem atmosférica, que explora o ambiente hostil à vida humana, ainda houve o retorno do símbolo em espiral que marcou a 1ª temporada. Para quem não lembra, ele foi associado ao Rei Amarelo, uma entidade misteriosa e aparentemente cósmica que inspirou ataques rituais e assassinatos. Embora o autor dos crimes originais tenha sido encontrado na temporada inaugural, os detalhes mais sutis sobre o que é o Rei Amarelo e de onde ele veio permaneceram um mistério, que retorna para assombrar os espectadores.

Para aumentar mais a tensão, a investigação foi dificultada pela chegada da noite longa na cidade de Ennis, que deixa o lugar sem luz solar por vários dias. Essa situação ainda é agravada por graves falhas elétricas, que mergulham a região na escuridão.

A química entre Foster e Reis é o ponto alto da produção, com atuações intensas que capturam a essência de suas personagens. Foster, com uma presença marcante, expressa nuances emocionais complexas, enquanto Reis, com seu histórico no boxe, apresenta uma performance visceral e carregada de intensidade. O ótimo elenco da produção também conta com John Hawkes (“Três Anúncios para um Crime”), Christopher Eccleston (“The Leftovers”), Fiona Shaw (“Killing Eve”), Finn Bennett (“Domina”) e Anna Lambe (“Three Pines”).

Os atores Matthew McConaughey e Woody Harrelson, que estrelaram a aclamada 1ª temporada, são produtores executivos da atração, ao lado do criador da série, Nic Pizzolatto, que pela primeira vez não escreveu os episódios – e reclamou das referências ao primeiro ano da produção.