Estreias | “Eco” e “True Detective” chegam ao streaming

Os destaques da programação de streaming são duas séries, “Eco”, nova produção da Marvel, e a 4ª temporada de “True Detective” com Jodie Foster, que estreia no domingo (14/1). Entre os filmes, […]

Divulgação/Disney+

Os destaques da programação de streaming são duas séries, “Eco”, nova produção da Marvel, e a 4ª temporada de “True Detective” com Jodie Foster, que estreia no domingo (14/1). Entre os filmes, há chegada de “Assassinos da Lua das Flores” para os assinantes da Apple TV+, “Napoleão” em VOD e duas comédias de ação inéditas para arriscar – contra a opinião da crítica. Confira a lista das 10 principais novidades da semana.

 

SÉRIES

 

ECO | DISNEY+

 

A série mais inovadora da Marvel destaca uma personagem indígena, surda e amputada. Longe das convenções tradicionais dos super-heróis, a produção mergulha em territórios inexplorados ao acompanhar Maya Lopez, interpretada por Alaqua Cox, de volta para sua cidade natal em Oklahoma, onde confronta seu passado e planeja vingança contra o vilão Wilson Fisk, interpretado por Vincent D’Onofrio. Este retorno força Maya a enfrentar traumas familiares e a reconectar-se com seus avôs. O enredo se desenrola em meio a uma mistura de misticismo indígena e conflitos familiares.

Apesar de ser uma série de ação, “Eco” é mais notável por suas cenas emocionais e representação cultural do que por suas sequências de luta. Entretanto, quando o quebra-quebra começa, rende algumas das sequências mais viscerais da Marvel, com um trabalho excepcional de dublês. O uso da perna protética de Maya nos combates é um exemplo de como a série inova, utilizando elementos característicos da personagem para enriquecer a ação.

“Eco” é significativa no contexto do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) não apenas pela representação de minorias, mas também por sua abordagem única na narrativa, inaugurando o novo selo Marvel Spotlight. Este selo tem como objetivo trazer histórias mais focadas e autocontidas, diferenciando-se das produções interconectadas e de grande escala típicas do MCU. Com a minissérie, o estúdio demonstra uma abordagem mais íntima e específica, voltando-se para a exploração profunda de um único personagem e sua jornada, ao invés de entrelaçar diversas narrativas e heróis de seu universo compartilhado.

Entretanto, a narrativa é claramente amarrada na continuidade do MCU. Maya Lopez foi apresentada em “Gavião Arqueiro” e a trama é desdobramento do aconteceu naquela série. Além disso, os episódios trazem personagens da série “Demolidor”, como o mencionado Wilson Fisk e o próprio herói-título, novamente interpretado por Charlie Cox. A produção tem até cena pós-créditos, que introduz o enredo da nova série do Demolidor.

A direção é de Sydney Freeland (“Star Trek: Strange New Worlds”) e o elenco também inclui Chaske Spencer (“The English”), Graham Greene (“Espíritos Obscuros”), Tantoo Cardinal (“Assassinos da Lua das Flores”), Devery Jacobs (“Reservation Dogs”) e Zahn McClarnon (“Westworld”).

 

TRUE DETECTIVE: TERRA NOTURNA | HBO MAX

 

A 4ª temporada da renomada série “True Detective”, intitulada “Terra Noturna”, estabelece um novo marco na franquia, que bateu recordes de audiência. Ambientada na gélida localidade de Ennis, no Alasca, os novos episódios seguem a detetive Liz Danvers, interpretada por Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), e sua parceira, Evangeline Navarro, papel de Kali Reis (“Catch the Fair One”), na investigação do desaparecimento de oito cientistas em um remoto centro de pesquisa. A direção é da mexicana Issa López, conhecida pelo premiado terror “Os Tigres Não Têm Medo” (2017), que usa sua experiência no gênero para combinar o mistério com elementos sobrenaturais.

Junto de cenas fortes, como a descoberta de um bloco gigante de carne formado por cinco corpos congelados, e uma abordagem atmosférica, que explora o ambiente hostil à vida humana, ainda há o retorno do símbolo em espiral que marcou a 1ª temporada. Para quem não lembra, ele foi associado ao Rei Amarelo, uma entidade misteriosa e aparentemente cósmica que inspirou ataques rituais e assassinatos. Embora o autor dos crimes originais tenha sido encontrado na temporada inaugural, os detalhes mais sutis sobre o que é o Rei Amarelo e de onde ele veio permaneceram um mistério, que retorna para assombrar os espectadores.

Para aumentar mais a tensão, a investigação é dificultada pela chegada da noite longa na cidade de Ennis, no Alasca, que deixa o lugar sem luz solar por vários dias. Essa situação ainda é agravada por graves falhas elétricas, que mergulham a região na escuridão.

A química entre Foster e Reis é o ponto alto da produção, com atuações intensas que capturam a essência de suas personagens. Foster, com uma presença marcante, expressa nuances emocionais complexas, enquanto Reis, com seu histórico no boxe, apresenta uma performance visceral e carregada de intensidade. O ótimo elenco da produção também conta com John Hawkes (“Três Anúncios para um Crime”), Christopher Eccleston (“The Leftovers”), Fiona Shaw (“Killing Eve”), Finn Bennett (“Domina”) e Anna Lambe (“Three Pines”).

Os atores Matthew McConaughey e Woody Harrelson, que estrelaram a aclamada 1ª temporada, são produtores executivos da atração, ao lado do criador da série, Nic Pizzolatto, que pela primeira vez não escreveu os episódios.

 

GAROTO DEVORA UNIVERSO | NETFLIX

 

A adaptação do best-seller de Trent Dalton é uma saga épica de amadurecimento ambientada nos subúrbios de Brisbane, Austrália, nos anos 1980. Esta história semi-autobiográfica segue Eli Bell (Zac Burgess, de “One Night”), um jovem que enfrenta as duras realidades da vida. Sua família é composta por um pai ausente, um irmão mudo, uma mãe em recuperação de vício e um padrasto traficante de heroína. No elenco, Phoebe Tonkin (“The Originals”) e Simon Baker (“O Mentalista”) interpretam os pais, Travis Fimmel (“Vikings”) é o padrasto e o veterano Bryan Brown (“Bem-Vindos à Austrália”) retrata o criminoso real Slim Halliday. A história explora a jornada de Eli e seu irmão August, criados em meio ao comércio de heroína, conduzindo até a prisão de sua mãe.

A figura de Slim Halliday, um criminoso que atua como uma espécie de mentor para Eli, adiciona outra dimensão à história, misturando elementos da realidade com a mística que circunda sua persona. Este encontro entre o real e o fantasioso é central na forma como a trama trata os aspectos mais sombrios e desafiadores da vida do jovem com um senso de maravilha e otimismo. Há uma tensão constante entre a dura realidade do submundo do crime e a inocência do jovem alimentado por sonhos e aspirações. Além disso, a série utiliza elementos visuais e narrativos para enfatizar seu aspecto lúdico, como sequências em que palavras escritas no ar tomam forma ou em cenas que retratam as visões e sonhos de Eli.

Publicado em 2018, o romance de Dalton tornou-se o livro de estreia mais vendido na Austrália e ganhou quatro prêmios no Australian Book Industry Awards de 2019. Adaptado para o teatro pela Queensland Theatre em 2021, o espetáculo tornou-se o mais vendido na história de mais de 50 anos da companhia. A série desenvolvida por John Collee (roteirista de “Atentado ao Hotel Taj Mahal”) visa continuar a tradição de sucesso com uma recriação fiel do romance de Dalton, oferecendo uma mistura única de realismo mágico e crueza temática – situações dramáticas, mas infundidas com humor, calor e um senso de otimismo esperançoso.

 

HISTÓRICO CRIMINAL | APPLE TV+

 

A série policial coloca frente a frente Peter Capaldi (“Doctor Who”) e Cush Jumbo (“The Good Wife”), que vivem uma colisão inevitável nos papéis de policiais com posições antagônicas sobre um antigo caso. Na trama, após uma investigação trazer informações que podem inocentar um condenado por assassinato, a jovem detetive June Lenker (Jumbo) confronta o experiente detetive inspetor-chefe Daniel Hegarty (Capaldi), que encerrou o caso rapidamente com uma confissão. Enquanto Lenker busca se provar como uma detetive, Hegarty resolve impedi-la de enxovalhar o seu legado.

Criada por Paul Rutman (indicado ao BAFTA TV por “Five Days”), a série provoca uma avaliação instigante e desconfortável do racismo atual no Reino Unido, examinando práticas policiais prejudiciais e as mentiras que as pessoas contam a si mesmas para justificar seus preconceitos.

 

FILMES

 

ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES | APPLE TV+

 

O novo épico de Martin Scorsese (“O Irlandês”) desvenda a história real dos assassinatos da Nação Osage no início do século 20, quando várias mortes ocorreram após descobertas de grandes depósitos de petróleo nas terras indígenas em Oklahoma. A narrativa segue Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), que se muda para Fairfax, Oklahoma, na década de 1920, para viver com seu tio, William Hale (Robert De Niro), conhecido como King Bill Hale, um influente pecuarista local. Sob a manipulação de seu tio, Ernest se envolve com Mollie (Lily Gladstone), uma mulher Osage, com o objetivo sombrio de herdar os direitos lucrativos de petróleo de sua família, caso os membros de sua família morram.

O drama se intensifica à medida que membros da família de Mollie são assassinados um a um, destacando uma trama maior de ganância e exploração. A complexa rede de mentiras e corrupção é revelada gradualmente, com o envolvimento de vários membros da comunidade que, silenciosamente, consentem ou contribuem para os crimes. A interpretação de Gladstone como Mollie, que enfrenta a dor insuportável da perda enquanto descobre a verdade sobre seu marido e a conspiração em andamento, tem sido apontada como garantida no Oscar 2024.

A colaboração entre Scorsese e seus dois atores favoritos, DiCaprio e De Niro, juntos pela primeira vez num filme do cineasta – após estrelarem separadamente suas obras mais famosas – é um atrativo à parte. E suas cenas são a base da história envolvente, roteirizada por Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”) e baseado no livro homônimo de David Grann, que mistura crime verdadeiro com elementos de faroeste e consegue prender a atenção do espectador ao longo de suas quase 3 horas e meia de duração. Tão surpreendente quanto a extensão do filme só a vitalidade do diretor de 80 anos, que descobriu um novo terreno visual e dramático para se expressar, mergulhando pela primeira vez nos vastos espaços abertos e na atmosfera dos bangue-bangues clássicos para criar seu primeiro western, com indígenas, pistoleiros, fazendeiros corruptos e homens da lei.

A decisão de filmar em locais autênticos em Oklahoma, proporcionando um pano de fundo realista e engajando comunidades locais no processo, aumenta a autenticidade e a riqueza visual e cultural da produção, que merecidamente arrancou elogios em sua première no Festival de Cannes e atingiu 96% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes.

 

NAPOLEÃO | VOD*

 

O novo épico de Ridley Scott marca um reencontro com Joaquin Phoenix, 23 anos após “Gladiador”. O ator (hoje mais lembrado por “Coringa”) encarna Napoleão desde sua ascensão como jovem tenente, mostrando sua habilidade em navegar e manipular o cenário político e social da França revolucionária em sua caminhada para assumir o título de imperador. Mas embora concentre-se na trajetória política e militar, o longa também mergulha na relação tumultuada de Napoleão com a Imperatriz Josephine, interpretada por Vanessa Kirby (“Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um”), numa dinâmica que oscila da paixão intensa a confrontos tempestuosos.

Notável pela execução técnica, o filme apresenta cenas espetaculares de batalhas com uma combinação de som impactante e coreografia intrincada, capturando o caos e a precisão das estratégias de Napoleão. Os detalhes de figurino e design de produção meticulosamente elaborados são outros destaques da produção grandiosa. Mas todo esse apuro esbarra na opção do diretor em retratar um Napoleão caricatural, sujeito a pitis e frases infantis, que não parece fazer justiça ao papel histórico do personagem. Ele é apresentado como uma figura ambígua, capaz de estratégias geniais, mas que também demonstra enorme instabilidade emocional diante de desastres, como a lendária derrota em Waterloo. Além disso, a importância de Josephine é bastante minimizada, num retrato superficial da imperatriz.

Os críticos franceses odiaram – chamaram o filme de “Barbie e Ken sob o Império”, indicando a artificialidade nas representações dos protagonistas, além de francófobo. Os críticos anglófilos acharam mais satisfatório. Basicamente, os 58% de aprovação no Rotten Tomatoes devem-se ao visual das batalhas. São seis ao todo. Só que, mesmo com duas horas e meia, não faltam cenas apressadas e cheias de imprecisões históricas.

 

JOGO DO DISFARCE | PRIME VIDEO

 

A comédia de ação tem uma premissa que já foi explorada em outros filmes, centrada em uma mulher levando uma vida dupla como esposa e assassina de aluguel. No entanto, a abordagem é criativa, ao focar no jogo de papéis proposto para reavivar um casamento e como isso desencadeia uma série de eventos imprevistos.

Emma, interpretada por Kaley Cuoco (“The Big Bang Theory”), é percebida por sua família como uma empresária bem-sucedida e frequentemente viajante. No entanto, esconde um segredo: ela é uma das melhores assassinas de aluguel disponíveis. O equilíbrio delicado entre sua vida familiar e profissional começa a desmoronar quando seu marido Dave, interpretado por David Oyelowo (“Homens da Lei: Bass Reeves”), sugere um jogo de papéis para reavivar sua relação. Eles combinam de se encontrar num hotel como se fossem completos estranhos. Entretanto, a brincadeira inadvertidamente inicia uma série de eventos que expõem a dupla identidade de Emma.

O filme do francês Thomas Vincent (da série “Versailles”) leva o espectador de Nova York a Berlim, apresentando uma mudança de cenário que intensifica o conflito central, enquanto explora as dinâmicas de relacionamento dentro de um contexto de thriller de ação. A narrativa questiona as moralidades e realidades familiares americanas, trazendo à tona questões sobre identidades secretas e a verdade por trás das aparências.

O elenco ainda destaca Bill Nighy (“Emma.”) como um assassino de aluguel experiente e astuto, que possui uma personalidade encantadora e representa os melhores momentos de humor da produção.

 

LIFT: ROUBO NAS ALTURAS | NETFLIX

 

A outra comédia de ação da semana tem menos graça, apesar de ser estrelada pelo comediante Kevin Hart (“Jumanji: Próxima Fase”). Num papel mais sério que o costume, ele aparece fazendo planos, enfrentando momentos tensos e até debochando de piadas. O ator vive Cyrus Whitaker, o líder de uma equipe internacional de ladrões de alto nível, que é alistado a contragosto por uma agente federal, papel de Gugu Mbatha-Raw (“Loki”), para roubar US$ 500 milhões em ouro de um avião em pleno voo, a mais de 12 mil metros de altitude.

Mas após fazer um plano minucioso e explicar a tarefa quase impossível – cansativamente – aos companheiros, inúmeras complicações acontecem durante a missão, fazendo com que a equipe tenha que improvisar. Cheio de conversas expositivas, o filme só decola nas cenas do roubo, com uso de tecnologia inventada pelo roteirista Daniel Kunka (“12 Rounds”).

A direção é de F. Gary Gray (“Velozes & Furiosos 8”) e o melhor da produção é seu elenco, que também inclui Vincent D’Onofrio (“Demolidor”), Úrsula Corberó (“La Casa de Papel”), Paul Anderson (“Peaky Blinders”), Billy Magnussen (“A Noite do Jogo”), Viveik Kalra (“A Música da Minha Vida”), Yun Jee Kim (“É Tudo Seu”), Jacob Batalon (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), Jean Reno (“A Pantera Cor de Rosa”) e Sam Worthington (“Avatar”).

 

INTRUSO | PRIME VIDEO

 

O drama sci-fi, estrelado por Saoirse Ronan (“Adoráveis Mulheres”) e Paul Mescal (“Aftersun”), explora casamento e identidade em um futuro incerto. Ambientada no ano de 2065, a trama foca o casal Hen (Ronan) e Junior (Mescal), há sete anos casados e com uma vida solitária em uma fazenda isolada. Essa rotina tranquila é interrompida pela chegada de um estranho (Aaron Pierre, de “The Underground Railroad”), que traz uma proposta surpreendente.

De acordo com o estranho, Junior foi selecionado para viver em uma estação espacial experimental em órbita ao redor da Terra, mas não poderá levar sua mulher. A notícia vem com uma reviravolta inesperada: Hen não ficará sozinha durante a ausência do marido, pois será acompanhada por um equivalente robótico dele. A escolha gera uma crise no casamento e a chegada da versão robótica de Junior leva Hen a tomar uma decisão drástica.

Baseado no livro homônimo de Iain Reid (“Estou Pensando em Acabar com Tudo”), o longa foi escrito, dirigido e produzido por Garth Davis, cineasta de “Lion: Uma Jornada para Casa” (2016) e “Maria Madalena” (2018). Tedioso e marcado por excesso de discussão filosófica e psicológica, tornou-se o primeiro grande desapontamento do ano, com apenas 22% de aprovação no Rotten Tomatoes.

 

CULPA E DESEJO | VOD*

 

A cineasta Catherine Breillat (“Uma Relação Delicada”) retorna ao cinema após uma década, ainda disposta a desafiar tabus e convenções sociais. Seu novo filme é uma versão francesa do premiado thriller dinamarquês “Rainha de Copas” (2019) e se concentra em Anne (Léa Drucker), uma advogada bem-sucedida especializada em casos de abuso sexual, que vive com seu marido rico (Olivier Rabourdin) e suas filhas adotivas gêmeas em uma casa idílica nos arredores de Paris. A chegada de Théo (Samuel Kircher), filho adolescente de um casamento anterior do marido, após ser expulso da escola, desencadeia uma tensão sedutora na casa, que evoluiu para algo proibido. Ela se envolve em um caso ilícito com o jovem problemático, ameaçando o refúgio burguês que construiu para si mesma.

A adaptação tem uma abordagem mais sutil e reflexiva que os trabalhos mais polêmicos da diretora. Ainda assim, evita o moralismo convencional e o melodrama do filme original, não rotulando claramente nenhum dos personagens como vilão pedófilo ou vítima infantil desprovida de consentimento. Breillat opta por cenas de sexo mais longas e com closes nos rostos, destacando a linha tênue entre racionalidade e luxúria. A performance de Drucker é central para o filme, retratando Anne como uma mulher complexa, que oscila entre múltiplos aspectos de sua personalidade, e se torna aquilo contra o qual ela lutou profissionalmente.

A obra é marcada por escolhas estilísticas que refletem a dualidade da personagem principal, incluindo a trilha sonora, com faixas de Kim Gordon, ex-integrante do Sonic Youth, que criam a imagem de uma mulher desafiadora. Embora esses elementos estabeleçam parcialmente o comportamento de Anne, o filme se destaca não apenas pelo seu tema provocativo, mas também pela maneira como explora a ambiguidade moral, as complexidades do desejo e do autoengano.

 

 

* Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.