Um livro ainda inédito do policial Jorge Chastalo Filho, que narra sua experiência como carcereiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua detenção na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, deve ser adaptado para o cinema. Segundo a Folha de S. Paulo, Juliano Dornelles, co-diretor do aclamado filme “Bacurau”, estaria interessado no projeto. A obra detalha os 580 dias em que Chastalo foi responsável pela custódia de Lula.
A produção seria da Condé+ e o roteiro estaria a cargo de Felipe Braga, um dos autores de “Marighella”. O livro oferece uma perspectiva íntima e detalhada sobre os bastidores da prisão de Lula, incluindo a inusitada amizade que se formou entre o carcereiro e o presidente. Esta relação singular seria o foco central da narrativa cinematográfica.
Jorge Chastalo Filho, apelidado de “Rodrigo Hilbert da Federal”, conheceu Lula em um período crítico da política brasileira, com sua prisão e a posterior vitória de Jair Bolsonaro à presidência. Em entrevista ao UOL, Chastalo revelou que, mesmo então, Lula acreditava que poderia voltar a presidir o país. “Ele falou isso mais de uma vez. Eu pensava que tudo é possível, inclusive nada, porque a situação dele não era fácil. Era terrível. Era bastante complicado acreditar que ele pudesse chegar onde chegou”, disse Chastalo.
Após a libertação de Lula, eles se reuniram em São Paulo, onde Lula expressou interesse no livro de Chastalo, assegurando-lhe liberdade para relatar os eventos que testemunhou.