Banda Kiss será substituída por avatares digitais em novos shows

Após encerrar sua última turnê, “End of the Road”, com um show espetacular no Madison Square Garden, em Nova York, a banda Kiss anunciou um novo capítulo em sua história. Paul Stanley […]

Instagram/Kiss

Após encerrar sua última turnê, “End of the Road”, com um show espetacular no Madison Square Garden, em Nova York, a banda Kiss anunciou um novo capítulo em sua história. Paul Stanley e Gene Simmons, fundadores do grupo musical, confirmaram que não farão mais shows presenciais, mas continuarão a se apresentar de uma forma inovadora: por meio de avatares criados com inteligência artificial (IA).

Durante o anúncio, feito no final do último show da turnê, os fãs foram surpreendidos pela substituição dos músicos por seus avatares digitais, que tocaram a última música da turnê, no bis: “God Gave Rock And Roll To You”. Desde então, a banda tem feito atualizações nas redes sociais sobre sua transição para turnês virtuais. Num dos vídeos disponibilizados, o vocalista Paul Stanley afirmou: “A banda nunca vai parar, porque os fãs são donos dela. O mundo é dono da banda. A banda merece viver, porque ela é maior do que nós”.

Nas redes sociais do Kiss, também foram compartilhadas imagens do processo de captura de expressões faciais dos músicos, que serão utilizadas nos avatares digitais.

A iniciativa não é nova e segue os passos do ABBA, que em 2022 lançou um show holográfico após a gravação de um novo álbum. A apresentação foi gravada previamente, com o grupo mapeando seus movimentos, da mesma forma que o Kiss faz agora. E, vale dizer, as apresentações foram um sucesso de público.

Essa deve ser uma tendência crescente no mercado do entretenimento, que foi inaugurada com shows holográficos de artistas mortos, como Whitney Houston, Tupac Shakur, Frank Zappa e Roy Orbison. A novidade é o interesse por artistas vivos na tecnologia, que evolui ainda mais com suas participações no processo criativo.

Enquanto Hollywood fez uma greve contra o medo da substituição de atores por avatares digitais, a indústria musical vai na direção oposta, visando manter o rock’n’roll tocando a noite inteira, ou melhor, pela eternidade.