O ator Russell Brand (“Rock of Ages”) enfrenta investigações adicionais da Polícia do Vale do Tâmisa após uma mulher fornecer “novas informações” relacionadas a relatos de “assédio e perseguição” do ator, segundo a BBC. A Polícia Metropolitana de Londres já havia iniciado uma investigação sobre o comediante e ator, que foi acusado de estupro e/ou agressão sexual por quatro mulheres em uma investigação conjunta realizada pelos jornais The Times of London, The Sunday Times e o programa “Dispatches” do Channel 4. Brand negou veementemente as alegações.
A mulher que fez a nova acusação já havia procurado a polícia da região do vale do rio Tâmisa várias vezes entre 2018 e 2022, mas nenhuma ação foi tomada. Em 2017, Brand também acusou a mesma mulher de assédio contra ele. Agora, após as denúncias contra o ator chegaram à mídia, a polícia resolveu examinar melhor as informações, mas considera “inapropriado comentar sobre uma investigação em andamento”, segundo citação da força policial à BBC.
A Polícia Metropolitana de Londres também informou estar recebendo “inúmeras alegações de ofensas sexuais”, sem especificar nenhum caso.
Consequências
Desde a publicação do artigo no Times, a turnê de comédia de Brand foi adiada e seu contrato de publicação com a editora Pan Macmillan foi suspenso. A BBC também retirou de seu aplicativo alguns programas antigos apresentados por Brand, alegando que o conteúdo “não atende às expectativas do público”. Para completar, ele teve seus vídeos desmonetizados no YouTube. Um executivo da plataforma justificou que Brand não deveria poder “ganhar a vida” através da plataforma, mas acrescentou que atualmente não há planos para bani-lo.
O ex-marido da cantora Katy Perry negou qualquer ato criminoso e afirmou que todos os seus relacionamentos foram consensuais. Mas no primeiro vídeo publicado após a exposição, Brand ignorou as denúncias para apostar em teoria de conspiração, descrevendo os jornais e a TV que deram voz às acusações como “essas organizações”, que em sua visão colaboram “na construção de narrativas”. Ele prometeu novos vídeos para denunciar “o estado profundo, o complexo industrial-militar, grandes farmacêuticas, corrupção e censura na mídia”.
Veja abaixo um vídeo da investigação divulgado pelo grupo jornalístico Times.