Último filme do diretor de “O Exorcista” será lançado pela Paramount+

O último filme do falecido diretor William Friedkin, conhecido por “Conexão Francesa” (1971) e “O Exorcista” (1973), será lançado mundialmente pela plataforma de streaming Paramount+, inclusive no Brasil. O anúncio foi feito […]

Divulgação/Paramount+

O último filme do falecido diretor William Friedkin, conhecido por “Conexão Francesa” (1971) e “O Exorcista” (1973), será lançado mundialmente pela plataforma de streaming Paramount+, inclusive no Brasil. O anúncio foi feito neste domingo (3/9), no Festival de Veneza, onde “The Caine Mutiny Court-Martial” fez sua permière mundial.

O filme é baseado no livro de Herman Wouk, que narra o julgamento de um oficial da marinha por motim, após assumir o comando de um navio por sentir que o capitão estava agindo de maneira instável e colocando a vida da tripulação em risco. A obra original venceu o prêmio Pulitzer e já foi adaptado diversas vezes para o cinema e para a TV – a adaptação mais conhecida é “A Nave da Revolta” (1954), estrelada por Humphrey Bogart. Mas Friedkin fez mudanças, atualizando a trama, passada na época da 2ª Guerra Mundial, para a tensão dos EUA com o Oriente Médio no século 21.

A produção conta com um elenco renomado, incluindo Kiefer Sutherland (“24 Horas”), Jason Clarke (“O Planeta dos Macacos: O Confronto”), Tom Riley (“The Nevers”) e o falecido Lance Reddick (da franquia “John Wick”).

“Diretor de uma tomada só”

Na entrevista de imprensa do filme no Festival de Veneza, a produtora Annabelle Dunne e o editor Darrin Navarro deram detalhes sobre o estilo de trabalho de Friedkin, revelando que ele era “um diretor de uma tomada só”. Se houvesse mais de duas tomadas, “havia um problema”, revelou Dunne.

Embora a produção tenha corrido de forma “incrivelmente bem e tranquila”, segundo Dunne, houve um pequeno obstáculo inicial relacionado ao seguro de Friedkin, que estava com mais de 80 anos. O impasse foi resolvido com a entrada de Guillermo del Toro como “diretor de apoio”, algo que Friedkin inicialmente resistiu, mas acabou concordando. Del Toro, “graciosamente, apesar de ter acabado de lançar ‘Pinóquio’, foi ao set todos os dias”, revelou Dunne.

Darrin Navarro, que trabalhou com Friedkin por quase três décadas, também comentou a abordagem do diretor em suas histórias. “Em cada história que ele perseguia ou achava interessante, havia aquela linha tênue entre o que ele chamava de nossos demônios interiores e nossos melhores anjos”, explicou Navarro. Friedkin estava sempre em busca de “apresentar a banalidade do mal, mas também encontrar coisas boas sobre pessoas que você talvez esteja inclinado a não gostar”.

“The Caine Mutiny Court-Martial” ainda não tem previsão de estreia.