Letícia Sabatella fala ao Fantástico sobre autismo e revela passar mal com barulho

A atriz Letícia Sabatella gravou uma entrevista para o programa “Fantástico” deste domingo (17/9) sobre seu diagnóstico de autismo. Em prévias da reportagem, ela confirma ser altamente sensível a barulhos e chega […]

Divulgação/Fabio Audi

A atriz Letícia Sabatella gravou uma entrevista para o programa “Fantástico” deste domingo (17/9) sobre seu diagnóstico de autismo. Em prévias da reportagem, ela confirma ser altamente sensível a barulhos e chega a “passar mal” em determinadas situações.

O teaser da participação pode ser conferido abaixo. Mais detalhes serão apresentados no programa, mas a atriz já compartilhou nas redes sociais algumas reflexões acerca do diagnóstico recente.

O diagnóstico de autismo

“Quantas vezes eu perdia a amizade ou as pessoas ficavam magoadas comigo porque eu não conseguia sair de casa. Eu não conseguia ir ao cinema, porque é uma experiência sensorial muito forte”, disse Sabatella em vídeo divulgado nessa semana. A descoberta, ainda que tardia, funcionou como um alívio para a atriz: “Há um tempo atrás eu estava fazendo algumas perguntas, pedindo uma luz. Porque eu sempre me senti, desde criança, que às vezes eu despertava acordada para uma consciência que me pegava de uma hora para outra”.

Sabatella também refletiu sobre os desafios e benefícios de um diagnóstico tardio. “Por um lado, receber um diagnóstico tardio, faz entender que [nada na vida até aqui] foi limitante”, explicou. Ela ainda abordou o impacto que um diagnóstico na infância poderia ter tido: “O cuidado é: o diagnóstico aliviaria muitas tensões, talvez traria muito mais inclusão em escola, em ambientes de demanda, me protegeria de algumas roubadas, de algumas crenças, medos, insegurança, de autoestima prejudicada”.

Contexto do autismo em adultos

O autismo, apesar de comumente diagnosticado na infância, está sendo reconhecido cada vez mais em adultos. O TEA (transtorno do espectro autista) varia em grau e os casos mais leves podem passar despercebidos por anos. A falta de acesso à informação e ao sistema de saúde muitas vezes resulta em diagnósticos tardios, especialmente em casos leves onde o indivíduo consegue manter uma vida autônoma e funcional.

Após o diagnóstico, pacientes são encaminhados a especialistas que podem ajudar a superar limitações. Sem o suporte adequado, essas limitações podem se tornar mais rígidas e atrasar o processo de melhoria dos sintomas em adultos.

Entre os sintomas mais frequentes estão dificuldade em reconhecer emoções, desafios na interação social e alta sensibilidade sensorial. Também podem ser comuns comorbidades psicológicas como ansiedade, depressão e TDAH, bem como distúrbios gastrointestinais e do sono.