Suzana Alves expõe impacto do diagnóstico de TDAH: “Ressignificou tudo”

Suzana Alves revelou ter mudado de vida após receber diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TADH). Em entrevista à revista Quem, a interprete de Tiazinha detalhou sua luta contra […]

Instagram/Suzana Alves

Suzana Alves revelou ter mudado de vida após receber diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TADH). Em entrevista à revista Quem, a interprete de Tiazinha detalhou sua luta contra os sintomas da doença.

A artista descobriu a condição mental depois que entrou para a faculdade de Psicologia, há cerca de um ano. “O TDAH é genético e nunca imaginei que pudesse ter. A descoberta ressignificou tudo na minha vida! Está justificando muitas decisões, meu comportamento atípico em alguns momentos, a impulsividade”, ela pontuou.

Embora seja paciente terapêutica, Suzana contou que a condição tinha impactos significativos na relação familiar com o marido, o ex-tenista Flávio Saretta, e seu filho Benjamin, de apenas seis anos. “Faço terapia há muitos anos e em muitas áreas amadureci, mas outras coisas pareciam impossíveis de serem mudadas ao longo das tentativas”, explicou a atriz.

“Eu já estava cansada de sentir altos e baixos no meu emocional e de me desgastar muito nas minhas relações interpessoais. Às vezes, me sentia infantil demais em algumas situações. Comecei a faculdade de Psicologia e conversando com uma grande amiga psicóloga, fui alertada a procurar uma neurologista, que me deu o diagnóstico.”

“Era bem difícil porque meu marido não entendia a minha hiperatividade mental e física e não conseguia me acompanhar. Por outro lado, eu não conseguia lidar com a calmaria dele. Mas nosso amor sempre falou mais alto”, garantiu a atriz.

 
Saúde mental não é brincadeira

Suzana Alves destacou que quase desenvolveu uma ansiedade crônica devido ao diagnóstico tardio. A atriz teve que abandonar sua rotina “naturalista” para tomar psicotrópicos que agilizassem seu tratamento.

“Por descobrir um TDAH tardio, na fase adulta, já tinha muitas sequelas e precisava correr contra o tempo, pois já estava com uma ansiedade crônica muito significativa. […] Isso não significa que precisarei usar a medicação para o resto da vida. Acredito na terapia multidisciplinar e no desenvolvimento humano comportamental em qualquer idade.”

A artista também alertou que seus primeiros sintomas teriam sido sutis: “Comecei me isolando socialmente e depois fui percebendo uma ansiedade muito grande. Sofria pelo passado, pelo presente e pelo futuro”, disse ela, que descreveu o período como “muito difícil”.

“Parecia que não ia acabar nunca. Até então, eu achava que tinha depressão e ansiedade por conta da minha história de vida e tal, mas, na verdade, era porque não sabia que tinha um cérebro atípico.”

“Enfim, é um alívio saber que nem tudo precisa ser sofrido ou alegre demais! Sempre fui inquieta e nunca me encaixei no padrão. Eu me sentia muito sozinha, e hoje não me sinto mais. O diagnóstico foi um presente para mim. Hoje me sinto revigorada, renovada e com um novo cérebro”, completou.