Leny Andrade e Doris Monteiro, duas das maiores cantoras da música brasileira, serão veladas juntas no Theatro Municipal do Rio na terça-feira (25), das 10h às 13h. As cantoras, que eram amigas, faleceram nesta segunda-feira (24/7). Leny Andrade, aos 80 anos, após ser internada na última semana por conta de uma pneumonia. Doris Monteiro, aos 88, de causas naturais, em seu apartamento no Rio de Janeiro.
Sempre que lhe perguntavam quem eram as suas cantoras preferidas, Leny Andrade citava Doris Monteiro, colocando a cantora, sua amiga, na mesma lista que também incluía Joyce, Elza Soares, Dolores Duran, Elizeth Cardoso, Barbra Streisand e Madonna. Quando Leny Andrade começou a cantar profissionalmente, em 1958, aos 15 anos, Doris já era consagrada e já havia alcançado o topo das paradas na rádio.
Homenagens e Reconhecimento
As duas cantoras foram homenageadas juntas em diversas ocasiões. Em 2015, ambas estiveram na Livraria da Travessa, em Ipanema, na noite de lançamento do livro “A Noite do Meu Bem”, de Ruy Castro. Em 2017, encontraram-se no palco por ocasião do show que celebrava o centenário de Dalva Oliveira, no qual Doris cantou “Zum zum” e Leny interpretou “Há um Deus”. Mais recentemente, em abril de 2019, elas receberam o Troféu Feira do Vinil do Rio. “Leny e Dóris representam muito do que foi prensado em vinil no país nas décadas de 1960 e 1970, e são ícones, mulheres à frente do seu tempo”, disse, à época, Marcello Maldonado, produtor da feira.
Repercussão e Lamentações
A notícia da morte das cantoras repercutiu entre os famosos, que usaram as redes sociais para lamentar a perda dupla.
A cantora Alaíde Costa lamentou que “estamos cada dia mais só”. “A querida amiga e cantora Doris nos deixou hoje. Descanse em paz […] Que tristeza perder duas amigas em um mesmo dia. Que a querida Leny encontre luz e paz em sua nova morada”, afirmou no Instagram.
O ator Ivam Cabral escreveu no Twitter: “Que dia mais triste! Morreram Leny Andrade e Doris Monteiro. Cresci em uma família muito musical e em casa havia muitos discos de Doris. ‘Doris Monteiro’, de 1969, um dos meus preferidos, é delicioso, cheio de bossa. Leny eu viria descobrir mais tarde, na minha juventude, quando comecei a ouvir jazz. Em algum momento, cheguei, inclusive, a colecionar sua obra. É… mais um capítulo que se encerra… Quanta saudade”.