Após ser condenado por estupro, Felipe Prior pode ter que responder à Justiça sobre outras três denúncias de violência sexual. Os casos ainda estão em fase de investigação policial.
Segundo depoimentos, uma das vítimas teria sido abusada em 2018, quando teve relação consentida com Prior até que ele se tornou agressivo. “Chegou a me bater”, afirmou a jovem não-identificada.
“Ele começou a me segurar com força, me machucar. Comecei a chorar e pedi para ele parar. Ele continuava me batendo”, acrescentou a suposta vítima, que prestou queixa em uma cidade do interior de São Paulo.
Outras duas denúncias de estupro e violência também foram registradas sob anonimato no interior paulista. Em um dos casos, a Justiça aceitou a acusação e tornou o influenciador réu. Ao todo, a pena de prisão pode chegar a 24 anos, somadas as punições mínimas e uma pena de reincidência.
Felipe Prior é condenado
Nas redes sociais, a defesa de Prior rebateu a condenação emitida no sábado (8/7) e afirmou que vai recorrer da decisão “para que não se incorra injustiças, como muitas já assistidas em nosso país”.
No processo que corre em sigilo, a equipe também havia dito que a vítima consentiu com a relação e que, por isso, não poderia ser caracterizado como crime. O argumento foi refutado pela juíza Eliana Cassales Tosi Bastos.
Uma das advogadas da vítima, Maira Pinheiro, ressaltou a importância sobre consentimento em atos sexuais. “Não há um contrato de adesão em uma relação sexual, como termos e condição que clicamos para entrar em uma rede social”, ela comparou.
“O consentimento é revogável a qualquer tempo, e qualquer conduta que ocorra após o ‘não’ é criminosa. Se tiver força, contenção física, é estupro. Se não, é importunação sexual. Mas, de qualquer maneira, é crime.”
Os advogados Rafael Tiepo Pugliese Ribeiro e Gabriela Ianni não se pronunciaram sobre as outras três denúncias contra Felipe Prior.