Paul McCartney esclarece uso de IA em nova gravação dos Beatles

Paul McCartney usou as redes sociais para dissipar os rumores e mal-entendidos sobre a aplicação da tecnologia de inteligência artificial numa vindoura música inédita dos Beatles. Numa publicação no Twitter, ele esclareceu […]

Divulgação/Disney+

Paul McCartney usou as redes sociais para dissipar os rumores e mal-entendidos sobre a aplicação da tecnologia de inteligência artificial numa vindoura música inédita dos Beatles. Numa publicação no Twitter, ele esclareceu que, embora a IA tenha sido utilizada no projeto, nada na gravação, inclusive os vocais do falecido John Lennon, foi criado artificialmente.

Inteligência Artificial a Serviço do Legado dos Beatles
Na semana passada, durante uma entrevista à BBC, McCartney revelou que estava empregando tecnologia de inteligência artificial para “extrair” os vocais de Lennon de uma antiga fita demo. O objetivo era criar uma “últimoa gravação dos Beatles”. A revelação gerou uma onda de especulação online, com alguns fãs expressando indignação ao acreditar que McCartney estaria usando IA para fabricar uma voz imitando Lennon.

McCartney respondeu prontamente às conjeturas, esclarecendo que a IA estava sendo usada unicamente para aprimorar a gravação original de Lennon, proveniente de uma demo de baixa qualidade dos anos 1970. Ele reiterou que todos os elementos do álbum são autênticos e que a limpeza de gravações antigas é um processo contínuo que já ocorre há anos.

“Vimos alguma confusão e especulação sobre isso”, escreveu McCartney. “Parece haver muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muito a esta altura, mas, para ser claro, nada foi criado artificialmente ou sinteticamente. É tudo real e todos nós tocamos nisso”.

A canção objeto da polêmica seria “Now and Then”, de 1978, uma das quatro demos fornecidas por Yoko Ono para o projeto “Beatles Anthology” de 1995. McCartney, Ringo Starr e George Harrison, que morreu em 2001, chegaram a trabalhar juntos na música, mas a qualidade do som da voz de Lennon foi considerada “lixo” por Harrison e a música foi arquivada – ao contrário de “Free As A Bird” e “Real Love”, que foram reveladas na ocasião.

McCartney mencionou que a tecnologia atual de IA permite “extrair” a voz de Lennon das gravações problemáticas em cassete, uma possibilidade que não existia em 1995, permitindo que a última música inédita com participação dos quatro Beatles venha à tona. Vale mencionar que ainda existe uma quarta faixa inédita na demo de Lennon, “Grow Old with Me”, mas os Beatles remanescentes não chegaram a trabalhar nela.

No mesmo tuite, McCartney expressou sua expectativa positiva sobre o projeto, prometendo mais atualizações em breve e a revelação da canção “mais para o fim do ano”. Ele finalizou com uma mensagem otimista, dizendo: “Esperamos que vocês gostem tanto quanto nós”.