A atriz Amanda Bynes, que ficou famosa nos anos 2000 pelas comédias teen “Tudo Que Uma Garota Quer” (2003) e “Ela é o Cara” (2006), foi levada sob custódia pela polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, para uma avaliação de sua saúde mental. De acordo com o site TMZ, ela chegou a ser algemada e levada a uma delegacia na manhã de sábado (17/6).
A detenção de Bynes ocorreu após a polícia receber uma ligação informando sobre uma mulher em situação de angústia, posteriormente identificada como a atriz. As autoridades não esclareceram se ela foi encontrada em casa ou se estava em um local público.
Testemunhas informaram ao TMZ que a atriz estava calma durante a interação com a polícia e parecia derrotada enquanto os oficiais lidavam com ela. Não está claro se ela foi encaminhada a um hospital ou se foi liberada pela polícia.
Essa é a segunda vez nos últimos meses que a polícia é acionada devido a problemas de Bynes. Em março, ela foi colocada em observação psiquiátrica após ser encontrada vagando nua pelas ruas de Los Angeles. Um mês depois, recebeu alta do hospital psiquiátrico para finalizar o tratamento em casa.
Carreira de sucesso
Amanda Bynes foi uma das atrizes mais famosas do começo do século. Ela comandou o programa “The Amanda Show” da Nickelodeon de 1999 a 2002, e estourou no cinema com a comédia teen “Tudo Que Uma Garota Quer” (2003). Em seguida, fez ainda mais sucesso na sitcom “Coisas que Eu Odeio em Você” (What I Like About You), exibida de 2002 a 2006.
Em 2005, ela entrou numa lista da revista Forbes como uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood com menos de 21 anos. E isso foi antes de estrelar seu maior sucesso, o filme “Ela é o Cara” (2006). Na época do lançamento do longa, ela foi nomeada “uma das mulheres mais sedutoras com menos de 25”, segundo a revista People.
Problemas com a polícia
Seus problemas começaram em 2012, quando ela chegou a ser presa duas vezes por dirigir embriagada e bater seu carro – numa das ocasiões, colidiu com a traseira de um veículo policial. Ela protestou num tuite em que pediu ao então presidente Barack Obama a demissão do policial que a tinha detido, e continuou dirigindo mesmo após ter a carteira de motorista apreendida, até seu carro ser confiscado pelo crime.
No começo de 2013, foi presa novamente após denúncia do porteiro de seu prédio, que chamou a polícia alegando que havia alguém fumando maconha no lobby do edifício. Quando os policiais chegaram, a atriz já estava no seu apartamento, mas eles encontraram um bong (tipo de purificador de ervas usado por alguns consumidores da droga). E quando foi indaga a respeito do recipiente, ela simplesmente o jogou pela janela, “atingindo a calçada cheia de pedestres”, na descrição do boletim de ocorrência.
A atriz acabou detida por conduta desordeira, ocultação de evidência e posse de drogas. E teria sido levada sob custódia esperneando: “Vocês sabem quem eu sou?”.
Após a detenção, ela foi levada para o hospital Roosevelt para uma avaliação psiquiátrica, mostrando-se indignada contra a humilhação. Embora tenha sido liberada pelo juiz de seu caso, foi expulsa de seu apartamento pelo síndico.
Tutela de oito anos
Dois meses depois, provocou um incêndio, usando gasolina para queimar roupas na rua, diante da garagem de uma vizinha. O fogo explodiu o galão de gasolina. Ao dar respostas desencontradas aos bombeiros que foram ao local, acabou internada numa clínica para avaliação psiquiátrica e um juiz colocou sua mãe como responsável por sua tutela.
Ela passou oito anos tutela e, desde então, não se meteu mais em confusão. Mas também não trabalhou mais como atriz.
Seu último trabalho foi em 2010, quando coadjuvou a ótima comédia “A Mentira”, estrelada por Emma Stone. Na época, já tinha escrito nas redes sociais: “Ser uma atriz não é tão divertido quanto pode parecer”.
Com o fim da tutela, ela pretendia reconstruir sua vida longe da mãe e com uma nova carreira. Seu primeira tentativa de se reinventar foi como rapper, mas os dois singles que lançou, “Diamonds” e “Fairfax”, não tiveram a menor repercussão, porque ninguém levou a sério.
A volta dos surtos, em março passado, coincidiu com o aniversário de um ano do fim da tutela.