Rodrigo Simas diz ter sofrido pressão para assumir bissexualidade

Rodrigo Simas contou na terça-feira (16/5) que não havia feito planos para se assumir bissexual. Embora tenha sido um alivio, o ator revelou ter sofrido cobranças externas. Durante um evento no Copacabana […]

Instagram/Rodrigo Simas

Rodrigo Simas contou na terça-feira (16/5) que não havia feito planos para se assumir bissexual. Embora tenha sido um alivio, o ator revelou ter sofrido cobranças externas.

Durante um evento no Copacabana Palace, o galã de “Malhação” confessou que se sentiu “mais maduro” para trazer sua sexualidade à tona. “Não me planejei contar e falar sobre nada. Eu acho que é um momento mais maduro. Acho que cada uma tem o seu momento de falar sobre isso”, afirmou.

“Quando me perguntaram foi um alívio em algum lugar, um prazer enorme, um orgulho de falar quem eu sou. Eu acho que é exatamente isso, essa coisa de ter que se posicionar, quem você é, você simplesmente é”, acrescentou ele.

Em seguida, Rodrigo revelou que sentiu medo de se expor há alguns anos atrás por conta da carreira artística. “Eu já fui muito cobrado e já tive muitas crises, medos em vários lugares. Falando de dez anos atrás, ainda era uma grande preocupação a carreira, [ter que] se encaixar em algum lugar na heteronormatividade, essa coisa de ser considerado galã. Tudo isso contava muito”, disse o ator.

“Mas eu fiquei super feliz de falar sobre e ser uma coisa super natural. A gente ainda vive num mundo de muitos rótulos e, infelizmente, com muito preconceito, muita homofobia, bifobia, galera marginalizando as travestis. Tudo isso acho que a comunidade tenta se defender muito, mas a gente tem que parar de botar como tabu”, pontuou Rodrigo.

Por fim, Rodrigo Simas celebrou ter se assumido no momento em que aceitou trabalhar na peça “Prazer, Hamlet”, espetáculo sobre um personagem que tem a sexualidade tratada de forma dúbia. A obra está em cartaz no Rio de Janeiro.

“Eu fiquei muito feliz de falar nesse momento sobre isso com o assunto voltado ao teatro, entendeu? Porque tem a ver muito porque na peça a gente discute a sexualidade de Hamlet. É um julgamento que acho que a personagem vive o que queria viver pela nobreza, sociedade e tudo mais. É um momento muito importante que eu fiquei feliz, mas não mudou a minha vida porque eu já sou o que sou e ponto, entendeu? A gente trabalha no sentido terapia de se autoconhecer”, concluiu o artista.