Gkay é acionada na Justiça por divulgar golpe de pirâmide

Géssica Kayane, a influenciadora Gkay, foi acionada pela Justiça após ter divulgado uma mentoria de aplicativo que supostamente ensina os usuários a “faturar” bonificações com vídeos online. A situação teria acontecido nas […]

Instagram/Gkay

Géssica Kayane, a influenciadora Gkay, foi acionada pela Justiça após ter divulgado uma mentoria de aplicativo que supostamente ensina os usuários a “faturar” bonificações com vídeos online. A situação teria acontecido nas redes sociais em junho de 2022.

Com base no processo judicial, a influencer está sendo processada após ter firmado parceria com a sociedades Kiwify Educação e Tecnologia e Albano Marketing Digital, que também aparecem como empresas rés na ação.

A ação foi aberta por Erivelton Lima de Oliveira, que adquiriu o suposto curso no valor de R$ 237,36. Com o pagamento, o autor da ação ganharia acesso aos conteúdos digitais, que acumulam pontos e se transformam em dinheiro. Além disso, a promessa era de que o comprador poderia desistir a mentoria quando quisesse, recebendo estorno total.

Contudo, Erivelton logo notou que a proposta era completamente diferente do que havia sido anunciado e se tratava de um “esquema de pirâmide”, já que o propósito era atrair clientes e estipular metas impossíveis de serem alcançadas, sem qualquer suporte para os usuários.

Além disso, o autor informou no processo que a plataforma de estudos criou um grupo de mensagens no Telegram, passando a sortear valores em PIX, ao invés de cumprir com os saques prometidos com os pontos acumulados.

Erivelton teria entrado em contato com o suporte para solicitar a devolução, mas não obteve resposta. Diante do prejuízo, ele pediu a condenação dos três réus, além da indenização de R$ 10 mil por danos morais e mais R$ 237,36 por danos materiais.

A Kiwify alegou não ter legitimidade passiva para figurar na causa, porque se diz uma plataforma que apenas veicula os cursos criados por terceiros. A empresa também afirmou que o autor do processo não apresentou provas concretas.

No começo de abril, Erivelton enfrentou as duas sociedades numa audiência. Contudo, a influenciadora não compareceu por não ter sido encontrada pela Justiça. Nos autos consta que houve uma tentativa de conciliação entre as partes, mas não se obteve êxito.

Na terça-feira (18/4), a equipe legal da Kiwify emitiu uma nota de esclarecimento. Leia na íntegra abaixo.

“Em relação à matéria publicada, a Kiwify esclarece que não participou ou participa de qualquer parceria com a influenciadora Gkay, tampouco promove ações de marketing voltadas à venda de infoprodutos.

Isso porque a Kiwify não vende qualquer infoproduto, mas tão somente disponibiliza software que habilita usuários a transacionarem entre si em ambiente digital. Os produtores desses infoprodutos vendem diretamente aos consumidores, utilizando as funcionalidades desenvolvidas pela empresa apenas como uma ferramenta que viabiliza a transação.

É importante destacar que o responsável pela venda em questão foi banido há quase 1 ano da plataforma em razão da violação dos termos e condições de uso, o que evidencia o compromisso da Kiwify com a integridade e a segurança dos seus serviços.

A Kiwify tem como objetivo fornecer tecnologia de qualidade e contribuir para o desenvolvimento de um mercado de infoprodutos mais seguro e confiável. Sendo assim, a empresa reitera seu compromisso com a transparência e a ética em todas as suas atividades.”