Eva Green ganha processo de US$ 1 milhão por filme não concluído

A atriz Eva Green (“Penny Dreadful”) ganhou uma ação judicial pelo filme de ficção científica “A Patriot” (“Um Patriota”, em tradução livre), que não chegou a ser produzido. Julgado no Tribunal Superior […]

Instagram/Eva Green

A atriz Eva Green (“Penny Dreadful”) ganhou uma ação judicial pelo filme de ficção científica “A Patriot” (“Um Patriota”, em tradução livre), que não chegou a ser produzido. Julgado no Tribunal Superior de Londres, o processo definia se Green deveria receber o salário de US$ 1 milhão que foi acordado, mesmo sem ter filmado.

A atriz, que também deveria ter sido produtora executiva do longa, afirma que tem direito ao valor pelo tipo de contrato firmado com a produtora, o “pay or play”. Neste tipo de acordo, o estúdio deve pagar o profissional mesmo que, no fim, seus serviços não sejam necessários.

Com um roteiro já pronto, a produção do “A Patriot” começou a apresentar problemas em 2019 após complicações com o orçamento. A produtora responsável, White Lantern, precisou ser “resgatada” e recebeu um empréstimo da Sherborne Media Finance, empresa de financiamento de filmes.

Para a produção conseguir sair do lugar, porém, diversos cortes orçamentários tiveram de ser feitos – diminuindo o orçamento de US$ 10,8 milhões pela metade, mudando os locais de filmagem e reciclando adereços e cenários de outras produções. Segundo informa a Variety, o resultado seria um “filme de segunda categoria” que tinha o potencial de arruinar a carreira de Eva Green.

O juiz responsável pelo processo, Michael Green, decidiu a favor da atriz, afirmando que ela tinha direito à taxa de US$ 1 milhão.

As duas empresas ainda entraram com uma ação em resposta ao processo de Green, acusando a atriz de “conspiração, fraude e interferência legal”, alegando que ela não tinha intenção de participar da produção do filme. Caso ela realmente desistisse do longa, seria quebra de contrato e as produtoras não precisariam pagar a quantia acordada.

Uma das provas apresentadas pelas empresas foram mensagens de WhatsApp de Eva Green com amigos, em que a atriz dizia que um dos produtores era “um idiota” e “do mal”, além de chamar os funcionários da produção de “camponeses de m*”.

O juiz afirmou na sentença que, apesar da atriz ter dito coisas “extremamente desagradáveis”, ela “não renunciou às suas obrigações sob o contrato; nem cometeu qualquer violação dele que pudesse justificar sua rescisão”.

Em uma nota conjunta, a White Lantern e Sherborne Media Finance afirmaram estar “considerando cuidadosamente nossas opções em relação aos possíveis próximos passos, incluindo recurso”.

Em suas redes sociais, Eva Green afirmou ter sido “forçada a enfrentar um pequeno grupo de homens, financiados por significativos recursos financeiros, que tentaram me usar como bode expiatório para encobrir seus próprios erros”.

“A Patriot” tinha Dan Pringle (“K-Shop”) como diretor e Charles Dance (“King’s Man: A Origem”) e Helen Hunt (“Blindspotting”) no elenco.