Alface é eliminado e deixa Top 4 desértico no BBB 23

A torcida das quatro desérticas cumpriu a missão a que se dedicou. Eliminando um por um todos os rivais, o “BBB 23” chegou ao Top 4 nesta quinta (20/4) apenas com as […]

Divulgação/Globo

A torcida das quatro desérticas cumpriu a missão a que se dedicou. Eliminando um por um todos os rivais, o “BBB 23” chegou ao Top 4 nesta quinta (20/4) apenas com as integrantes do quarto Deserto.

De certo modo, foi a berlinda mais óbvia de todas. Não por conta do biomédico Ricardo Alface, um dos melhores jogadores do game, ou mesmo de sua rival, a professora Larissa Santos, que também jogou muito.

Alface foi vencido pela falta de engajamento de sua torcida, que sentiu o baque após ser derrotada no mutirão para acabar com todos os mutirões, que eliminou a favorita Domitila Barros.

Para complicar, seu perfil no Twitter sempre teve dificuldades para organizar campanhas de votação. Quando precisou defender aliados do Fundo do Mar, fazia concentrações de quatro em quatro horas com resultados ínfimos. Agora que era tudo ou nada, o máximo que conseguiu reunir foram 27 mil votos. E a média de Larissa foi sempre muito superior. Para dar noção, o perfil da sister registrou várias vezes 100 mil votos por hora – e algumas mais de 300 mil.

O brother também foi abandonado por ex-aliados devido à sua tática para chegar até ao Top 5, que o levou a comprar brigas nos dois quartos, especialmente com Cezar Black e Fred Nicácio na reta final. Com o Deserto prestigiando Larissa Santos, ele ficou praticamente sozinho, como dizia que jogava.

Para não dizer que foi totalmente esquecido, sua ficante Sarah Aline fez um esforço com mutirões que nunca passaram de 2 mil, entre vários hiatos para tocar a vida. A suposta desértica Paula Freitas também tentou ajudar e conseguiu puxar 4 mil. Mas Gabriel Santana, que puxou mutirão para todos do Fundo do Mar, nem tentou.

Alface foi eliminado com 68,86% dos votos, o terceiro índice mais alto do programa, que não teve rejeições absurdas como nas edições anteriores. Larissa recebeu apenas 31,14%. Mas foram cerca de 100 milhões de votos a menos que no paredão passado.

Para amaciar o golpe, Tadeu Schmidt fez seu discurso mais bonito da edição, elogiando a trajetória do brother no jogo e na vida, e comparando sua participação no “BBB 23” com os grandes craques de futebol internacional que nunca venceram uma Copa do Mundo. Ricardo Alface chorou muito de emoção, e recebeu o conforto das – por que não? – amigas.

A “fênix” Larissa, que foi eliminada no primeiro paredão que participou e venceu a repescagem para voltar ao jogo, chega assim a seu terceiro paredão invicto. Ela se junta a Amanda Meirelles, Aline Wirley e Bruna Griphao na História dos BBBs. Muitos vão falar mal, reclamar que foi o pior “BBB” de todos os tempos por não ter ninguém por quem torciam. Mas estes adoraram o ano passado quando a Macholância chegou até o final.

As mulheres tiveram uma vitória muito mais significativa, porque travaram a disputa mais árdua, já que a Macholândia tinha o engajamento de influencers que neste ano estava do lado dos rivais. Famosos, páginas de fofoca, colunistas e até a má vontade da Globo foram superados pelas muitas torcidas das quatro, que se uniram com a volta de Larissa ao programa.

Vale lembrar que o Deserto estava em desvantagem, com apenas três integrantes contra sete dos rivais. Larissa chegou em 23 de março, levantou a moral das sisters e inspirou a união também do lado de fora, algo nunca visto na história do “BBB”. E elas conseguiram eliminar, um a um, todos os adversários para a meta do Top 4 desértico. O feito foi consagrado nesta quinta, um mês depois, com a despedida do querido – até por elas – Alface, que nunca foi realmente um inimigo. Afinal, uma vez Deserto, sempre Deserto.