A atriz Klara Castanho (“Bom Dia, Verônica”) falou finalmente em público sobre a violência sexual que ela sofreu, e que resultou em uma gravidez indesejada, durante sua participação no programa “Altas Horas”, que vai ao ar na noite deste sábado (4/3). A informação foi revelada com antecedência pelo jornal O Globo.
“Denunciei todos os crimes aos quais fui submetida”, afirmou a atriz sobre o estupro, o vazamento de sua gravidez e as calúnias levantadas por colunistas de fofoca e Youtubers. “Depois que vim a público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção”.
A gravação do programa aconteceu oito meses após a atriz ter a sua vida exposta publicamente.
O caso veio à tona em 24 de maio do ano passado, quando Matheus Baldi escreveu em suas redes sociais que Klara tinha dado à luz uma criança. A pedido da própria atriz, esse post foi apagado. Mas aí o colunista Leo Dias revelou saber de uma informação “inacreditável” sobre uma atriz, ao participar do programa “The Noite” de 16 de junho.
Ele afirmou que a “conta” dela iria chegar, pois o caso “envolve vidas” e “carma”, e teria sido maldade. Pegando carona no tema, Antonia Fontenelle resolver dar mais detalhes, revelando que “uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção”. “Ela não quis olhar para o rosto da criança”, afirmou a YouTuber, que classificou a história como “monstruosa” e crime. “Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar para o acaso é crime, sim, só acha bonitinho essa história de adoção quem nunca foi em um abrigo, ademais quando se trata de uma criança negra. O nome disso é abandono de incapaz”, declarou.
Tudo isso levou Klara Castanho a fazer um post nas suas redes sociais explicando que havia sofrido uma violência sexual, mas não reportou o ocorrido à polícia por sentir “vergonha e culpa”. Acreditava que se fingisse que nada aconteceu, “talvez esquecesse”.
A descoberta da gravidez veio ao passar mal. Porém, o médico que a atendeu não se solidarizou com sua dor, mesmo sabendo da história. Ela afirmou que seria incapaz de criar um filho fruto de estupro, então optou pela doação do bebê e fez todos os procedimentos legais.
Entretanto, quando teve a criança, ela diz ter sido ameaçada por uma enfermeira, que quis levar o caso a público por meio da imprensa. Foi assim que o caso acabou vazando.
Desde então, ela procurou se manter afastada da mídia. “Foi um período de recolhimento voluntário, depois de tudo o que aconteceu no ano passado”, disse ela.
A atriz disse ainda que “o que me resta neste momento, e ainda bem, é confiar na Justiça. E eu confio muito. Não só na Justiça, mas numa Justiça maior”, completou.