O cantor Sam Smith foi alvo de múltiplas ofensas verbais enquanto caminhava por uma rua em Nova York, nos Estados Unidos. Uma senhora, aparentemente com sotaque irlandês, começou a agredir verbalmente o cantor: “Você pertence ao inferno. Sam Smith pertence ao inferno, seu bastardo demoníaco e doente”.
Ao ouvir os ataques da mulher, Smith aparentemente levantou seu celular e começou a filmar a situação. Ambulantes que assistiam ao tumulto causado pela senhora, também começaram a filmar a cena e o vídeo viralizou nas redes sociais.
“Deixe as crianças em paz, seu doente. Sam Smith é um pedófilo! Pedófilo e demoníaco”, continuou a mulher, que proferiu graves acusações ao artista britânico. Sam Smith não responde a nenhum processo ou investigação que endosse as afirmações da idosa.
Os ataques aumentaram depois do Grammy, em que Sam Smith apresentou a música “Unholy” usando uma cartola com chifres que os críticos interpretaram como uma apologia ao satanismo. No entanto, não há nenhuma razão que reforce a tese de que Sam Smith tenha qualquer afinidade com o satanismo. A canção “Unholy”, vencedora de um Grammy, narra a história de um homem que deixa sua esposa em casa e vai para “uma festa proibida”, um clube secreto chamado Body Shop. Segundo Sam, a música fala sobre “sensualidade e desejos reprimidos”.
Em entrevista ao jornalista Zane Lowe, Sam falou sobre os ataques que recebe desde que se assumiu como uma pessoa não-binária, no fim de 2019. “Chegaram a cuspir na minha cara. É muito louco. Para mim, o mais difícil é pensar: se isso está acontecendo comigo, que sou uma pessoa famosa, imagina o que crianças queer estão sentindo? É muito triste que estejamos em 2023 e isso ainda aconteça”, comentou na entrevista publicada no fim de janeiro.
Sam Smith foi atacado nas ruas dos Estados Unidos.
Dentre as ofensas, ele chegou a ser chamado de “demoníaco”, “malvado” e até “pedófilo”.
— José Norberto Flesch (@jnflesch) February 16, 2023