Ratinho se revolta com linguagem neutra: “Sou obrigado a falar ‘todes’?”

Ratinho resolveu gravar um vídeo de agradecimento pelo apoio e preocupação dos fãs após enfrentar uma cirurgia no joelho. No entanto, o apresentador teria se irritado com sua funcionária, que pediu para […]

Divulgação/SBT

Ratinho resolveu gravar um vídeo de agradecimento pelo apoio e preocupação dos fãs após enfrentar uma cirurgia no joelho. No entanto, o apresentador teria se irritado com sua funcionária, que pediu para ele utilizar um pronome neutro na sua fala.

“Estou me recuperando aqui dessa cirurgia pesada que eu fiz, e queria dizer a todas e a todos aí do Brasil”, disse o apresentador antes de ser interrompido. “Chefe, você tem que falar ‘todes’”, disse a funcionária.

Em seguida, Ratinho pareceu confuso com o pedido. “Todes? E ‘todes’ de quem?”, perguntou. “Todes. É pra você falar [o pronome] ‘todes’”, respondeu a profissional.

O apresentador continuou sem entender a necessidade do termo neutro. “Agora tem que falar ‘todes’ [para se referir as pessoas]? Eu sou obrigado a falar ‘todes’?”, tentou esclarecer.

“É, vamos gravar de novo?”, pediu a funcionária, deixando o Ratinho furioso. “Gravar de novo? Não vou gravar, vai pra put* que pariu. Não vou gravar porr* nenhuma! Que todes! Que todes! Que todes, eu não sei o que é todes! Vai embora, some daqui, some, Satanás, some!”, esbravejou o apresentador. A profissional se limitou a encerrar o vídeo, que se tornou viral, com um “ai, meu Deus”.

O termo “todes” vem sendo utilizado há algum tempo e possui importância dentro da comunidade LGBTQIAP+, ainda que o apresentador Ratinho não esteja interessado em citá-lo.

O uso da linguagem neutra é uma forma de se referir às pessoas não-binárias, ou seja, que não se identificam com os gêneros feminino ou masculino. Além de “todes”, existem outras palavras inclusivas que foram criadas com o mesmo objetivo, como os pronomes “elu” e “delu”, substituindo o “ele/dele” ou “ela/dela”.

Além do mais, desde janeiro, o governo Lula passou a aderir a linguagem neutra nos eventos oficias, assim como aconteceu com o uso de “presidenta” por Dilma Rousseff, em 2016.